Sob a frondosa mangueira
junto ao muro do meu quintal
avisto o mundo inteiro.
Avisto a serra
a que os meus antepassados subiram,
avisto o rio
e a praia onde a família assentou.
Ouvindo os passarinhos nos ramos,
saltitando entre as doces mangas,
avisto os tempos dos meus avós,
avisto meus dias de criança.
Trago na boca o travo desses tempos,
e o hálito cheiroso das goiabas.
Calcorreando-me as memórias
passam bois e cabritos
e sobre os rebanhos ainda se ouvem
os gritos dos meninos descalços.
Nada mais preciso.
Sou mulher, sou homem,
sou branco, sou negro.
Sou como o grande rio
que cresce nas chuvadas,
banha as margens e leva
mais longe as cobras
é nele que vivem os jacarés e os sengues
e se banham os hipopótamos
nele as kimaias fogem
escapando à rede do mano
como os peixes, nós os kandengues
também fugimos dos perigos,
como os passarinhos (cujos nomes
tenho de perguntar ao mais-velho)...
Nele, mamã lava os panos
e na sua cacunda
o mano caçula dorme
sem medo, na paz.
Esse rio que sou, o meu rio,
vai sempre, sempre...
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