"Rádio em Angola - Como eu a vivi", de Diamantino Pereira Monteiro.
Excelentemente escrito, na primeira pessoa, um testemunho de - ainda que contida - grande emoção.
123 anos depois, répteis e anfíbios de Angola têm um novo atlas
São quase 400 espécies, entre 117 anfíbios e 278 répteis, com as respetivas descrições taxonómicas, distribuição geográfica e contexto ecológico e climático. É o Atlas dos Répteis e Anfíbios de Angola, uma obra de referência, que reúne toda a informação disponível sobre essa fauna e que acaba de ser publicado pela Academia de Ciências da Califórnia, nos Estados Unidos, sob o título Diversity and Distribution of the Amphibians and Terrestrial Reptiles of Angola. Mais de um século depois da publicação, em 1895, do primeiro Atlas dos Répteis e Anfíbios de Angola, pelo naturalista português José Vicente Barbosa du Bocage, o novo trabalho, da autoria dos biólogos portugueses Mariana Marques e Luís Ceríaco, e dos norte-americanos Aaron Bauer e David Blackburn, elaborado em parceria com o Ministério do Ambiente de Angola, o atlas vai estar também disponível online, para consulta gratuita, e será apresentado em Luanda ainda este mês.
“Leonel Cosme (n. em 1934, em Guimarães) viveu 30 anos em Angola, incluindo cinco após a independência, como cooperante. Foi o co-organizador das Edições Imbondeiro da antiga Sá da Bandeira (hoje, Lubango), em 1960-65, entre outras actividades culturais e cívicas, como sejam a formação de radialistas ou o comprometimento com o MPLA.
Antigo jornalista, e ainda cronista, escritor e investigador, lançou um livro que é um testemunho eloquente da sua capacidade de pensar para lá das aparências, dos preconceitos e das verdades falsas (leia-se "afirmações infundamentadas") estabelecidas como dogmas. O título é, já por si, instigante, revelador do conteúdo.
Publica um livro fundamental: Muitas são as Áfricas, Lisboa, Novo Imbondeiro, 240 págs. - para quem quiser compreender sobretudo Angola, noutras facetas, (…) através da análise da acção e pensamento colonizadores e da acção e pensamento libertadores de portugueses e (ex-)colonizados. Não escreve um tal livro quem quer, mas quem pode, pela sua singular vivência e posição. Um testemunho intelectual de grande qualidade, um "testamento" de saudoso amor à terra e ao povo.
Inclui estudos magníficos sobre o lusotropicalismo que não existiu (refutação do que Freyre aplica a Portugal e colónias e, indirectamente, refutação das "crioulidades" angolanas que andam por aí), (…) as relações históricas do Brasil com Angola, a literatura colonial (goste-se ou não da sua perspectiva muito própria), a guerra colonial e outras guerras e a (des)memória dos intervenientes e dos povos, os caminhos que África tem tomado pela mão dos seus dirigentes e intelectuais, (…), analisando o racismo, a xenofobia, a corrupção, a guerra, a fome, com especial incidência em Angola, (…).
Muito historiador, crítico literário, docente de "lusofonia", ideólogo neo-lusotropicalista, terá aqui matéria para evitar julgamentos prévios, generalizações totalitárias, preconceitos arreigados, atitudes de senso duvidoso. (…) Um livro que especialistas, estudantes, políticos e portugueses, só para ficar por aqui, deviam ler com cuidadosa atenção (…). Muitas "gralhas", até na capa, não deslustram o volume, que traz referidos Steiner, Kandjimbo, Inocência Mata, Agostinho Neto, Óscar Ribas, Kapuscinski, Hatzfeld, Waberi, Maathai, Freyre, Andrade Corvo, Laban, Pepetela, Senghor, Jaime Cortesão e tantos outros. (…)
Por vezes, quando fala, com evidente gosto, saber e pedagogia, dos variados interesses em jogo na época colonial (p. ex., sobre a maçonaria, Norton de Matos e José de Macedo, em Angola), parece um português empenhado na vertente colonial, pois não quer passar pelo que não é (angolano). Outras vezes, discute Angola com tanto prazer e objectividade que presta um serviço melhor do que muitos patriotas precipitados e preconceituosos. (…)
Como não dar importância aos estudos sobre a ideia e, depois, a fundação da Universidade na Huíla (Angola) e sobre a Kuribeka, desfazendo, neste caso, o equívoco corrente de considerá-la o mesmo que a maçonaria? (…)
Sobre Equador, de Miguel Sousa Tavares, diz que é um romance "colonial" (usa aspas) de um autor que não considera obviamente colonialista. Este pormenor serve para mostrar como o A. pensa a contemporaneidade, as ilusões que podem acometer os leitores, de novo fascinados por uma enxurrada de textos exóticos e turísticos, como se não quisessem ou não pudessem ver para lá das aparências da fantasia, como quase sempre ocorreu com os portugueses em relação a África. (…)
Os africanos (sem preconceitos) também ficarão a ganhar com a leitura.”
(adaptado de A Página da Educação http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=170&doc=12547&mid=2)
Por Alvin W. Urquhart
(clique no título)
Formato | 16x23 N.º Páginas | 212 |
Resumo:
A Revista Angolana de Sociologia (ISSN1646-9860), publicada semestralmente – em Junho e Dezembro, é um órgão da Sociedade Angolana de Sociologia (SASO) e publica textos da autoria de sociólogos e outros investigadores sociais, angolanos e de outras nacionalidades. A Revista Angolana de Sociologia é editada pela SASO (Luanda, Angola) e publicada pela Edições Pedago (Mangualde, Portugal). Trata-se de um espaço de debate sobre temas actuais e relevantes não apenas da sociedade angolana, mas também das sociedades africanas e do mundo contemporâneo em geral. O espírito da Revista Angolana de Sociologia (RAS) é estimular o debate, acolhendo e difundindo textos que contribuam para um diálogo transdisciplinar. A RAS dirige-se não apenas a sociólogos, mas a todos os interessados em compreender de maneira rigorosa a complexidade e as dinâmicas dos fenómenos sociais contemporâneos.
cortesia de Margarida Castro
László Magyar foi um húngaro nascido em 1818, que se tornou rei em Angola.
Aos trinta anos de idade, decidido conhecer e cartografar os territórios inexplorados do interior da África Ocidental, Angola, László Magyar estabeleceu relações de confiança com o Rei do Bié, acabando por casar com uma filha sua. A breve morte do sogro concedeu ao húngaro o direito legítimo de sucessão ao trono do reino bieno, por herança tomou posse de um território maior do que o país onde nasceu.
Com a colaboração dos seus súbditos, László Magyar organizou diversas expedições de modo a identificar geograficamente o Reino do Bié e os territórios a norte como ainda registou o posicionamento do rio Congo (1846) e do rio Zambeze.
A maior parte do tempo, ou seja durante os 17 anos vividos em Angola, László dedicou-se a estudos etnográficos e à aprendizagem de línguas nativas. Sabia falar Quimbundo e provavelmente compreendia os dialectos Umbundo, Ovampo, Lundo e Lovar.
Apesar de ter formação militar da Marinha e alguns conhecimentos de astronomia, a habilidade de László Magyar em desenho cartográfico era fraca e muito pior era a sua organização documental ou o modo como partilhava as suas descobertas e estudos. Foram precisamente estas duas falhas (mapas demasiado distorcidos e relatórios recheados de contradições factuais e descrições confusas) que descredibilizaram o explorador na Europa em comparação com outros exploradores comissionados em outras regiões.
( adaptado de James Stuart, in Szerinting )
Entre 1849 e 1857, fez seis viagens para as fontes dos rios Congo e Zambeze, regiões que, na época, eram ainda de difícil acesso para os europeus visitarem. Escreveu três volumes com notas e observações etnográficas e geográficas, com enfoque no povo Kimbundu. Um volume foi publicado na Hungria, mas os manuscritos dos outros dois volumes, juntamente com os periódicos de Magyar, foram dados como perdidos, provavelmente destruídos no incêndio de um depósito após a sua morte, ocorrida em Benguela, a 9 de Novembro de 1864, possivelmente vitimado pela malária ou por tuberculose.
Aqui (Biblioteca Digital Mundial), aparece a edição original, em húngaro, da obra de Magyar que ficou para a posteridade.
"Retornados - o adeus a África"
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