Ao vasculhar a história dos tempos passados, encontramos sempre algumas curiosidades. É o caso de um projeto de instalações hospitalares a implementar visando a proximidade das populações africanas. Numa publicação de 2014, pudémos ler, deliciados, um excelente estudo de Cristiana Bastos (veja aqui), a propósito de uma maquete exposta no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa.
"(...) em vez de internar os africanos “não assimilados” em enfermarias hospitalares semelhantes às dos europeus, criar para eles uns equipamentos especiais, permitindo o alojamento da família, imitando as suas habitações. Uma situação de fusão, aparentemente, combinando o que é tomado como costume indígena e o que é explicitamente o propósito colonial. Mas esta é uma fusão controlada: estipula-se que “as casas devem ser construídas segundo o tipo indígena, mas melhorado quanto aos materiais, à capacidade, à orientação, protecção contra os raios solares, conforto e higiene, etc., de modo que sirvam de modelo para a evolução dele” (...)
"(...) no arquivo colonial, onde o discurso está condicionado a constrangimentos políticos explícitos, a adopção de costumes e formatos indígenas aparece muitas vezes acompanhada de uma retórica de distanciamento, como que justificações pedindo absolvição. Não vão terceiros pensar que estes europeus andam, como sugerem outros europeus, a cafrealizar-se; há uma hierarquia que precisa de ser explicitada, face ao perigo de equidade, igualdade, indigenização, nivelamento, simpatia que decorre da assimilação de práticas locais. Esse medo é exorcizado pelo riso, pela caricatura, pela explicitação do preconceito. Por outras palavras, o processo mimético e a incorporação de simulacros de outros não implicava equidade cognitiva ou cultural; tratava-se de um processo hierarquizado em que um dos lados parece controlar tudo. É de perguntar que fragilidades e inseguranças subjazem a essas afirmações, que jogo de espelhos se desenha quando os médicos europeus vão buscar magia e eficácia simbólica a costumes africanos."
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