É bem sabido que as confissões religiosas desempenharam importante papel na história do ensino em Angola, exercido pelas missões católicas e protestantes. Facto menos conhecido foi a criação de missões laicas, no contexto político da I República, que tiveram reduzida aderência e existência fugaz - em Angola estiveram "no terreno" apenas meia dúzia de anos. Designadas de "civilizadoras", referimo-nos a elas como uma curiosidade histórica. O decreto que as instituiu, datado de 22 de novembro de 1913, determinava que cada missão deveria ser constituida por um professor e três auxiliares. Estes, seriam de preferência praticantes de profissões como pedreiro, carpinteiro, serralheiro ou agricultor. Quanto aos professores, eram previamente habilitados num curso que incluia Geografia, Física, Química, princípios de Direito, Botânica, Zoologia, Mineralogia, Geologia, Higiene, Agricultura, noções de Saúde e sanidade tropical, Administração, Zootecnia e noções de Medicina Veterinária. Em 10 de maio de 1919, foram estabelecidas seis missões para Angola, para onde as duas primeiras partiram apenas a 7 de abril de 1920. Destacamos a que se fixou na Omupanda, em instalações que alemães tinham fundado em 1911 (vide https://bimbe.blogs.sapo.pt/missao-de-omupanda-cuanhama-483582 ). Essa missão, designada "Cândido dos Reis", tinha sucursais no Hoque e na Humpata, onde instalou a escola-oficina "Óscar Torres". No entanto, note-se que ao contrário das religiosas, este tipo de missões não tinha especiais capacidades pedagógicas para atrair os "indígenas", verificando-se na prática ser incapaz de disputar às americanas e inglesas alguma influência populacional, pelo que a sua expansão territorial foi modesta. Não obstante terem sido criadas como uma iniciativa de caráter inovador, terão sido porventura uma aventura frustrante para os seus protagonistas. As missões laicas foram sendo instaladas esparsamente, tentando atingir zonas mais interiores da então colónia, como no Moxico e em Menongue (em 1923 e em 1925, respectivamente) até serem declaradas extintas, em 1926. (Quem se interessar pelo assunto, consulte o Centro de Estudos da Universidade Católica, aqui) O novo regime desde então vigente na "metrópole" viria a aproveitar os ex-funcionários das missões laicas, para exercerem nas escolas rurais. Estas, destinavam-se a ministrar um ensino básico (leitura, escrita e contagem), que se complementava com a aprendizagem de atividades de cunho prático. Em 1928 foram atribuidas a Angola vinte dessas escolas, mas em 1937 o modelo no qual tinham sido concebidas também foi abandonado. Em matéria de opções por modelos educativos, em ambos casos foram exemplo de desistências um tanto precoces, nomeadamente antes que as experiências tivessem tido desenvolvimento e tempo para produzir resultados avaliáveis, frustrando as expectativas dos agentes que nelas se envolveram. A história fica, para nossa lição...
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