Os antecedentes históricos:
"No ano de 1940, um funante de Moçâmedes, depois de embriagar três kuvales que terão adormecido pelos efeitos da mistela oferecida pelo português, mandou marcar os seus bois como forma de resgate de dívidas anteriores. Após despertarem, os kuvales seguem no encalço dos seus animais, matam dois criados do português e ficam com a totalidade da manada. O episódio tem o seu desenlace na chegada de dois destacamentos do exército português de cerca de mil soldados e outros tantos auxiliares africanos, além de dois aviões equipados com metralhadoras, mobilizados para pôr fim aos alegados roubos de gado. Entre setembro de 1940 e fevereiro de 1941 dá-se uma autêntica “caça ao kuvale” por toda a faixa semidesértica do Sul de Angola, entre o oceano e a serra da Chela, tendo sido feitos 3500 prisioneiros entre homens, mulheres e crianças, numa população kuvale que não contaria mais de 5000 indivíduos. Além das cenas de violência abjeta durante o cativeiro, incluindo matanças indiscriminadas, 600 homens terão sido enviados para as roças de cacau de São Tomé, outros tantos para a Diamang e para a colónia penitenciária de Damba, e 70 cedidos à Câmara Municipal de Moçâmedes. Quanto aos bois, a maior parte das cerca de 46.000 cabeças de gado apreendidas terá engrossado os rebanhos dos grandes proprietários brancos de Sá da Bandeira. Acusam-se os kuvales de serem ladrões inveterados de gado para no fim se lhes roubar os bois."
As ovelhas karakul, especialmente resistentes às condições semidesérticas, importadas por cientistas alemães do Turquestão para o Sudoeste Africano, eram criadas em extensas propriedades de mais de 5000 hectares delimitadas por arame farpado.
"Após regressar de uma visita de recreio ao Sudoeste Africano em 1944, nessa altura sob controlo da União Sul-Africana, o governador da província da Huíla, o capitão Bustorff Silva, tratou de inquirir junto de Manuel dos Santos Pereira, o veterinário encarregue da estação zootécnica da Humpata na zona do planalto, sobre a possibilidade de reproduzir a experiência alemã do caracul em Angola. Este não tardou em dar uma resposta positiva, indicando o deserto de Moçâmedes – a faixa entre o oceano e o planalto recentemente pacificada após a caça ao kuvale – como a zona mais promissora para o empreendimento, não só pelas suas condições climáticas semelhantes às da estepe semidesértica do Turquestão, como pela total disponibilidade de terrenos."
Assim, foi "O Posto Experimental do Caracul (PEC), fundado em 1948, (...) combinando num mesmo espaço experiências de inseminação artificial de carneiros com outras mais inesperadas de sociabilidade colonial, como a organização de um “bairro indígena”, a reproduzir por toda a região, que imitava uma onganda de kuvales, bem como uma casa-modelo de colono." "O Posto Experimental foi construído com o intuito de se constituir como a materialização primeira de um povoamento branco exemplar, uma espécie de quinta-modelo que deveria ser replicada pelo deserto fora."
(Tiago Saraiva, in etnográfica, fevereiro de 2014 - https://journals.openedition.org/etnografica/3403)
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