1. Numa pesquisa bibliográfica, encontrámos o relato (1) (2) (3) de um missionário católico, Padre Keiling, a uma região de Angola então envolvida no conflito fronteiriço entre Portugal e Alemanha, na época da Primeira República portuguesa - a então chamada região do Cuanhama.
Iniciada a sua publicação em 1926, no Boletim Geral das Colónias, o texto de Keiling conta dramáticas peripécias e episódios sangrentos, relacionados com a ocupação colonial do território dos Cuanhamas e a resistência oposta pelos naturais, sob as ordens do Rei Mandume. Os missionários católicos disputavam influência aos congéneres protestantes, ambos se apoiando nas respectivas forças militares em movimento na área. Segundo Keiling, Mandume, fortemente armado com carabinas militares Kropotchek, ter-lhe-á declarado que "Se o governo português quiser vir ocupar a minha terra, resistirei, enquanto tiver um cartucho e soldado capaz de atirar, e, se for vencido, suicidar-me-ei". Inicialmente "germanófilo", o Rei cuanhama veio a tornar-se pragmático nas suas alianças, procurando por vezes apoio dos britânicos, ao sabor da circunstância das disputas territoriais que se verificaram durante a Primeira Grande Guerra.
Descrevendo-os como "altos, bem formados e desembaraçados", saudando habitualmente os visitantes com um "guten tag" aprendido nas missões protestantes alemãs, a impressão que Keiling deixou nesse relato, no que respeita ao conhecimento desse aguerrido povo, foi no entanto superficial, esquemática e de nítido cariz preconceituoso, não denotando interesse de compreensão cultural.
2. Uma vez pacificada a região, entre os estudos etnográficos nela realizados é incontornável referir o de Estermann, na sua obra "Etnografia do Sudoeste de Angola (Vol. I) – Os Povos Não-Bantos e o Grupo Étnico dos Ambós" (Junta de Investigações do Ultramar, 1960).
3. A cultura dos cuanhamas continua até aos dias de hoje a suscitar interesse. No blogue 'Torre da História Ibérica' encontramos alguns resumos das suas características (4) (5) (6).
4. Aspectos filosóficos da sua antroponímia foram recentemente abordados num Jornal de Artes e Letras (7).
5. Aspectos teológicos dos seus ritos foram alvo de Tese de Doutoramento (8).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1) http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/BGC/BGC-N018&p=19
(2) http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/BGC/BGC-N019&p=139
(3) http://memoria-africa.ua.pt/Library/ShowImage.aspx?q=/BGC/BGC-N020&p=58
(4) https://torredahistoriaiberica.blogspot.com/2009/03/os-cuanhamas-do-sul-de-angola-1.html
(5) https://torredahistoriaiberica.blogspot.com/2009/04/cuanhamas-do-sul-de-angola-2-os-comecos.html
(6) https://torredahistoriaiberica.blogspot.com/2010/08/cuanhamas-do-sul-de-angola-3-um-pouco.html
(7) http://jornalcultura.sapo.ao/patrimonio-cultural/antroponimia-kwanyama-uma-perspectiva-filosofica
CULTURA
Atlas dos Anfíbios e Répteis de Angola (inglês)
Jornal Angolano de Artes e Letras
Portal do Uíge e da Cultura Kongo
Revista Angolana de Ciências Sociais
Revista Angolana de Sociologia
União dos Escritores Angolanos
DESPORTO
Federação Angolana de Atletismo
ENSINO SUPERIOR
Faculdade de Medicina (Lubango)
Instituto Superior Politécnico Tundavala
EVOCATIVAS
Instituto Comercial (Sá-da-Bandeira)
FOTOGRAFIA
Fotos de Angola no Skyscrapercity
Galeria de Diamantino Pereira Monteiro
Galeria de Tiago Campos de Carvalho
Sérgio Guerra- Banco de Imagens
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HISTÓRIA
Angola Do Outro Lado Do Tempo...
Angola na Biblioteca Digital Mundial
Grupos Étnicos na Década de 30
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