Como é sabido, Barbeitos é conhecido como Poeta Angolano. A quem interessar, a ligação para o seu Curriculum Vitae é https://www.yumpu.com/pt/document/read/7207479/professor-arlindo-barbeitos-curriculum-vitae-adelino-torres. Contando 79 anos, na sua rica vivência sobressai o envolvimento com a causa nacionalista, desde jovem. De um seu texto publicado em francês (*) extraímos os seguintes excertos, que traduzimos, eperando não desvirtuar o seu estilo literário.
“Na minha infância e adolescência, a interpenetração social facilitou a criação de espaços comuns. Ela se concretizou em brincadeiras e diversões infantis, no desporto, em bailes populares e em muitos dos momentos únicos que a vida em África possibilita. Tais experiências são tão cativantes que marcam para sempre, para lá da sua origem, todos aqueles que as compartilharam e certamente contribuem para determinar a sua construção identitária.” (…) “A vivência direta desses momentos, de grande intensidade, quando as fronteiras traçadas entre as pessoas se turvavam ou se desvaneciam, produzia a imagem fugaz mas persistente de uma virtualidade desejável e possível que se opunha ao cinzentismo circundante.” (...) “Nos tempos coloniais, o Branco desprezava o que nele havia de Negro, e o Negro tinha ciúme do Branco que nele estava. Agora que o Branco se foi, o mestiço o substituiu. O ciúme não desapareceu, mas transformou-se numa espécie de raiva contra ele, alimentada pelo sentimento racista. Seja no passado ou no presente, o racismo está sempre ao serviço de interesses e dissimula os meios a que as pessoas recorrem para os satisfazer. Originalmente, as raças nada têm a ver com isso, mas tornam-se num ingrediente essencial quando se crê na sua responsabilidade. A questão racial esconde, portanto, as reais questões e as motivações dos atores.” (...) “É aí, no seio desta acidentada gestação, produzida por todos os antagonismos, solidariedades e incompreensões, pelos desastres e pelas alegrias que o confronto dessas forças gerou, que as identidades nascem e morrem. Estas, como as raças, as etnias, as nacionalidades e os documentos de identificação, são entidades que criamos inconsciente ou conscientemente. Elas representam categorias mentais e construções sociais e políticas. Nesse sentido, somos todos homens imaginários! Depende, pois, sobretudo de nós, e não de uma fatalidade biológica, geográfica ou histórica, que qualquer identidade, negra, branca, mestiça, kikongo ou outra, transforme em cicatriz ou pele rejuvenescida esta ferida aberta que é Angola. Nossa raça, nossa etnia, nossa nacionalidade, nossa identidade, são apenas a face singular e mutante desse ferimento. Aberto ou curado...”
(*) Arlindo BARBEITOS, Lusotopie 1997, pp. 309-326
CULTURA
Atlas dos Anfíbios e Répteis de Angola (inglês)
Jornal Angolano de Artes e Letras
Portal do Uíge e da Cultura Kongo
Revista Angolana de Ciências Sociais
Revista Angolana de Sociologia
União dos Escritores Angolanos
DESPORTO
Federação Angolana de Atletismo
ENSINO SUPERIOR
Faculdade de Medicina (Lubango)
Instituto Superior Politécnico Tundavala
EVOCATIVAS
Instituto Comercial (Sá-da-Bandeira)
FOTOGRAFIA
Fotos de Angola no Skyscrapercity
Galeria de Diamantino Pereira Monteiro
Galeria de Tiago Campos de Carvalho
Sérgio Guerra- Banco de Imagens
GERAIS
HISTÓRIA
Angola Do Outro Lado Do Tempo...
Angola na Biblioteca Digital Mundial
Grupos Étnicos na Década de 30
INFORMAÇÃO
INSTITUIÇÕES
Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente
Associação dos Empreendedores de Angola
Câmara de Comércio Angola-Brasil
Câmara de Comércio e Indústria
Delegação da União Europeia em Angola (Facebook)
JORNALISMO
MISCELÂNEA
SAÚDE
Biblioteca Virtual em Saúde - Angola
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