Uma apaixonante e esplendorosa terra, um magnífico povo! Será brilhante seu futuro, construído por todos os que têm Angola no coração, que nela ou na diáspora trabalham e com amor criam suas famílias.
Sexta-feira, 27 de Novembro de 2020
Cuvango - Missão Católica

IMG_6225.jpg

(Fotos do Calito Freire)

IMG_6224.jpg


marcadores:

publicado por zé kahango às 12:56
link do post | comentar | favorito

Esclarecimento

Ao verem referências históricas que aqui vamos fazendo, na mente de alguns podem surgir dúvidas de um certo tipo. Importa pois esclarecer que este blogue não é um repositório de saudosismos, muito menos lugar para expressão de ressentimentos. O nosso posicionamento acerca da realidade e atualidade de Angola quer traduzir confiança. Quem disso duvide, basta clicar no marcador “o futuro é já hoje” para constatar quanto de positivo aqui desde sempre partilhamos. Por outro lado, a construção de um País nunca dispensa as memórias do passado. Sejam boas ou não. A lembrança de alegrias e tristezas, vividas por muitas gerações de angolanos, fazem parte do presente. A cultura de um povo parte essencialmente de experiências pessoais, mas também tem de integrar o conhecimento de factos históricos, muitos dos quais até os contemporâneos desconheciam. Temos aqui modestamente  procurado contribuir para fazer alguma luz sobre temas que foram ficando na penumbra. Confiamos e de boa fé esperamos.


marcadores:

publicado por zé kahango às 11:55
link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 26 de Novembro de 2020
erguendo futuros...

RM2501-716.jpg

RM2501-718a.jpg

RM2501-718b.jpg

(fotos de artigos do Professor
José Carlos de Oliveira, na Revista Militar)


marcadores:

publicado por zé kahango às 15:26
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 25 de Novembro de 2020
Missões - uma história brumosa

RM2503_851.jpg(foto de Veloso e Castro, 1905)

Há muito que nos impressiona a saga dos missionários, tantos dos quais malogrados, que dedicaram suas vidas na propagação da fé cristã por remotas paragens de Angola. A sua nobre generosidade e o desprendimento material com que se deslocaram para contacto próximo com os habitantes naturais foram postos muitas vezes a serviço de estratégias geopolíticas e respectivos interesses económicos. As suas vidas de privação e trabalho árduo deixaram-nos obras indeléveis, heranças culturais a que a História, na nossa opinião, ainda não terá feito a justiça do devido reconhecimento. Os seus esforços para realizar estudos etnológicos, linguísticos e da psicologia social dos povos alvo da sua missão evangelizadora faziam, é certo, parte imprescindível de uma estratégia de catequização. Mas alvitramos que o seu papel enquanto agentes de interação de culturas e civilizações ainda se encontra na bruma. Supomos que algures, em obscuras prateleiras de arquivos e bibliotecas de congregações religiosas, os testemunhos de suor e sangue de missionários repousem sob o pó dos tempos...

5894C878-D7B9-4479-ACE0-E7C28E1EC376.jpeg

Mapa retirado da obra "A Colonização Do Sudoeste Angolano", Tese de Doutoramento de José Manuel Azevedo, 2014


marcadores:

publicado por zé kahango às 20:25
link do post | comentar | favorito

Domingo, 22 de Novembro de 2020
O Ensino em Angola - as "missões laicas" e as escolas rurais

Capturar.PNG

É bem sabido que as confissões religiosas desempenharam importante papel na história do ensino em Angola, exercido pelas missões católicas e protestantes. Facto menos conhecido foi a criação de missões laicas, no contexto político da I República, que tiveram reduzida aderência e existência fugaz - em Angola estiveram "no terreno" apenas meia dúzia de anos. Designadas de "civilizadoras", referimo-nos a elas como uma curiosidade histórica. O decreto que as instituiu, datado de 22 de novembro de 1913, determinava que cada missão deveria ser constituida por um professor e três auxiliares. Estes, seriam de preferência praticantes de profissões como pedreiro, carpinteiro, serralheiro ou agricultor. Quanto aos professores, eram previamente habilitados num curso que incluia Geografia, Física, Química, princípios de Direito, Botânica, Zoologia, Mineralogia, Geologia, Higiene, Agricultura, noções de Saúde e sanidade tropical, Administração, Zootecnia e noções de Medicina Veterinária. Em 10 de maio de 1919, foram estabelecidas seis missões para Angola, para onde as duas primeiras partiram apenas a 7 de abril de 1920. Destacamos a que se fixou na Omupanda, em instalações que alemães tinham fundado em 1911 (vide https://bimbe.blogs.sapo.pt/missao-de-omupanda-cuanhama-483582 ). Essa missão, designada "Cândido dos Reis", tinha sucursais no Hoque e na Humpata, onde instalou a escola-oficina "Óscar Torres". No entanto, note-se que ao contrário das religiosas, este tipo de missões não tinha especiais capacidades pedagógicas para atrair os "indígenas", verificando-se na prática ser incapaz de disputar às americanas e inglesas alguma influência populacional, pelo que a sua expansão territorial foi modesta. Não obstante terem sido criadas como uma iniciativa de caráter inovador, terão sido porventura uma aventura frustrante para os seus protagonistas. As missões laicas foram sendo instaladas esparsamente, tentando atingir zonas mais interiores da então colónia, como no Moxico e em Menongue (em 1923 e em 1925, respectivamente) até serem declaradas extintas, em 1926. (Quem se interessar pelo assunto, consulte o Centro de Estudos da Universidade Católica, aqui) O novo regime desde então vigente na "metrópole" viria a aproveitar os ex-funcionários das missões laicas, para exercerem nas escolas rurais. Estas, destinavam-se a ministrar um ensino básico (leitura, escrita e contagem), que se complementava com a aprendizagem de atividades de cunho prático. Em 1928 foram atribuidas a Angola vinte dessas escolas, mas em 1937 o modelo no qual tinham sido concebidas também foi abandonado. Em matéria de opções por modelos educativos, em ambos casos foram exemplo de desistências um tanto precoces, nomeadamente antes que as experiências tivessem tido desenvolvimento e tempo para produzir resultados avaliáveis, frustrando as expectativas dos agentes que nelas se envolveram. A história fica, para nossa lição...


marcadores:

publicado por zé kahango às 15:46
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Quinta-feira, 19 de Novembro de 2020
Tios, pelas terras do café

(foto do espólio familiar)


marcadores:

publicado por zé kahango às 02:48
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020
Singela pureza...

Acabada a missa, ouvimos uma grande algazarra que vinha do adro da igreja da Humpata, onde ocorria uma brincadeira de um grupo de jovens saídos da catequese, que dançavam e cantavam, em ambiente de grande alegria, ao som de palmas ritmadas e batuque: "- ... pega-a no cóó-lô, ê-êh, ê-êh; dá-lhe um beijii-nhô, ê-êh, ê-êh!..."

Vivemos esse momento de entusiasmo, singeleza e pureza encantadores, com grande emoção das nossas almas, sentindo que eram as nossas crianças de sempre, brincando no nosso quintal...

https://youtu.be/dmOf5Vs2XnE


marcadores:

publicado por zé kahango às 23:34
link do post | comentar | favorito

No esteio das missões...

No final de um dos encontros preparatórios para o nosso casamento na Igreja da Humpata, o Padre Calenga disse-nos que estava com pressa, pois tinha de ir a uma cerimónia do "fico" que se iria realizar numa das localidades das redondezas paroquiais. Percebemos que a Igreja Católica tinha adotado as tradições rituais da cultura nhaneca-humbe, adaptando-as e integrando-as na liturgia cristã, numa estratégia de grande sabedoria, porventura explicativa do sucesso da catequização por aquelas bandas.


marcadores: ,

publicado por zé kahango às 23:10
link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 16 de Novembro de 2020
História, explicação das nações

Há uma necessidade sentida como premente, quando ficamos a sós com o sentido das nossas vidas. É a necessidade de compreender o que moveu nossos avós, pelos tempos fora passados em terras difíceis, derramando suores e sangue. O que fizeram e como o fizeram deixou marcas na terra, e também esteios para seguirmos nossos caminhos. Por tais razões não estranhem, os nossos leitores visitantes, que por uma e outras vezes venhamos aqui falar do que nos ocorre quando olhamos para trás. Não porque pensemos desejável qualquer retrocesso, de todo impossível. Mas para perceber como definiremos novos sentidos a dar às antigas jornadas, de labuta estrénua, dos nossos antepassados. Ou não tívessemos todos nós a alma presa ao berço, de onde partimos em Humanidade, Culturas e Civilizações.


marcadores:

publicado por zé kahango às 15:41
link do post | comentar | favorito

Editor e Redator:
José "Kahango" Frade
marcadores

a nossa gente

a nossa terra

crónica

cultura

editoriais

livros

memórias

o futuro é já hoje

poesia

todas as tags

pesquisar
 
posts recentes

Homenagem

(autor desconhecido)

Transumância, de João Sá ...

Manuel Fonseca e os aviõe...

Manuel Fonseca e o Liceu ...

As Missões Católicas do S...

nova colectânea

um monumento

nova obra, de utilidade p...

Luanda, 1890

Sabe quem foi?

Fantástico!

rios

qual é a verdadeira?

velhos transportes

leia-se...

velhas actividades - 2

velhas actividades - 1

transporte de marufo

músicos...

marimbas...

velhas caçadas

ascender ao planalto

num certo hospital...

no tempo das ovelhas

últimos comentários
II ParteUm exemplo mais antigo e do meu conhecimen...
I Parte:Gostaria de acrescentar ainda mais umas br...
Também eu comecei a interagir com muitos amigos at...
Pois foi esse mesmo o primeiríssimo trabalho que l...
Meu caro Lopes. Como temos visto, a má memória tam...
O “silenciamento da guerra colonial” – e, já agora...
Passado um ano, ainda não consegui um patrocínio p...
Sou uma Senhora de 82 anos nascida no Lubango na c...
Saudações.Por favor, o que significa "camacove"?Ob...
Obrigado pelo seu comentário. Este livro teve em m...
Ruy Duarte de Carvalho escreveu este livro em tom ...
As ovelhas suponho que fossem da Estação Zootécnic...
A que região chamarão Alto Dande? O rio Dande, a m...
Não se equivoquem pensando que por publicar estas ...
A do alentejano pifei à Marian Jardim.
Ler aqui a apresentação da segunda edição:https://...
Tenho para mim que passados vários anos após a rea...
Estudante que ao apaixonar-se por uma jovem milita...
The best Angola.Like.
Kahumba.
posts mais comentados
24 comentários
8 comentários
7 comentários
7 comentários
6 comentários
6 comentários
5 comentários
5 comentários
5 comentários
5 comentários
4 comentários
Equipa do blogue
Coordenadora do Conselho Redatorial: Paula Duarte (A-Santa-Que-Me-Atura...) PAINEL DE COLABORADORES: Dionísio Sousa (Cavaleiro dos Contos), "Funka" (Nobre Reporter Permanente), Jorge Sá Pinto (Assuntos Arqueológicos), José Silva Pinto (Crónica Quotidiana), Mané Rodrigues (Assuntos Culturais), Paulo Jorge Martins (Fauna Grossa), Ulda Duarte (Linguística da Huíla), Valério Guerra (Poeta Residente).
ligações
arquivos

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Agosto 2022

Julho 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Maio 2020

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Junho 2019

Março 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Maio 2017

Setembro 2014

Julho 2014

Junho 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Dezembro 2013

Outubro 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Outubro 2009

Setembro 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Julho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Novembro 2006

Setembro 2006

Julho 2006

Junho 2006

Abril 2006

Março 2006

o nosso contacto:
munhozfrade@gmail.com
subscrever feeds
blogs SAPO