Agora é real:
arde a inocência
e explode a violência
brutal e fatal;
a esperança passou
ao violentíssimo quando
o inefasto desmando
chegar... e, acabou;
nem rios nem serras,
os olhos ficarão
como fica a ilusão
nas guerras:
moídos
moídos,
moídos.
Valério Guerra
Gente!
Oh! Incrédula gente
das margens deste Arade:
Vós que hoje me chamastes
por vontade de um Soba crente,
aqui voluntário e pronto me tendes,
mais por afrontamento que por bondade!
Mesmo que estranho e amaldiçoado,
assim venho a esta Ceia de Maconge,
pois que a elas costumo ser convidado:
pois que soou o chifre do olongo, ao longe...
Venho de terras longas, distantes,
onde abundam imbondeiros gigantes,
onde guardam mistério os elefantes,
se lá fordes, lá podeis encontrar-me...
Não temais a solidão da procura, nos dias quentes.
Aqui, os tempos são eternos, para jornadas longas...
Chegados, logo vereis que o tempo vos sobrará...
Perto do grande rio do Sul, num oco tronco,
da noite fria me abrigo, aí me encontro…
Compreendereis então que sou sobrinho da velha Gagula de Sabá...
Oh! Incrédula gente!
Gente sem fé!
Vinde, como Duparquet veio;
caminhai comigo ao longo das areias do Cunene, descalços,
até onde as grandes águas se estreitam entre rochas,
e aí repousai, meditando...
Aguardai, em silêncio,
pelo ocre do ocaso, pela vertigem das cores...
Ouvi o distante batuque dos vossos corações...
Oh! Ventos do Kalahari!
Do leste soprai,
soltando estalidos bosquímanes dos desérticos arbustos;
À ímpia gente dizei
que aqui, entre os sons de Epupa e Ruacaná
tem a Humanidade o seu berço!
Suku Yanguê!
Eu, que mukuaukula do Nameculungo me fiz,
sei em que pedra da margem repousou,
aguardando o tempo certo,
o Espírito do Filho do Homem.
E quando era feito esse tempo,
sei que para o Iona subiu,
e que em Capangombe de novo descansou,
antes de pelo Bruco ao Paraíso ascender:
porque o belo planalto elegeu
como o lugar certo para reencarnar.
Como filho da Huíla – como nosso irmão,
segue traçando o seu destino, para alegria dos que o amam!
SUKU YANGUÊ!
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