Companhia aérea chinesa anuncia novos vôos para Angola
Pequim, 29 out (Lusa) - A Hainan Airlines, quarta maior transportadora aérea chinesa, começa em breve a voar para Angola, aproveitando o aumento do mercado africano, divulgou nesta segunda-feira a imprensa oficial da China.
"Deveremos abrir uma nova rota para Angola até o final do ano, devido ao aumento das trocas e contatos entre a China e a África", disse Chen Feng, presidente da transportadora, citado pelo jornal estatal China Daily.
O jornal não adianta mais detalhes sobre a rota aérea, que fará concorrência aos vôos diretos entre Luanda e Cantão da companhia aérea China Southern - anunciados em fevereiro -, até agora a única ligação aérea entre a China e um país africano de língua portuguesa.
Segundo Chen, a estratégia da Hainan Airlines "é completar falhas nas ofertas de destino já existentes".
No fim de agosto de 2006, a transportadora aérea chinesa comprou 100 jatos da construtora brasileira Embraer, pelo preço de US$ 2,7 bilhões.
Nos últimos dois anos, a Hainan Airlines abriu uma série de ligações entre as maiores cidades chinesas e destinos internacionais como Macau, Bruxelas, Seul, Osaka (Japão), Kuala Lumpur (capital da Malásia), Budapeste e São Petersburgo (Rússia).
A empresa, que opera mais de 500 rotas, prevê também sua entrada na bolsa até o final do ano, depois da fusão com transportadoras subsidiárias, sob a marca Grand China.
(Agência Lusa)
Empresa chinesa traz comboio para Angola
A China Internacional Found Limited está a proceder à compra de locomotivas e carruagens com a finalidade de constituir o primeiro comboio chinês em Angola.
As carruagens e locomotivas, que estão a ser transportadas para o país pelo navio "Beluga" estão completas e adequadamente equipadas, capazes de proporcionar um ambiente confortável aos futuros passageiros, distribuídos por categorias.
"As carruagens de passageiros estão equipadas com ar condicionado e televisores, estando desse modo divididas em categorias de primeira e segunda ", lê-se na nota da CIF.
Nesta perspectiva, a CIF comprou para Angola oito locomotivas, 40 carruagens de passageiros e 500 vagões para transporte de mercadoria, totalizando 548 unidades. Os vagões de mercadoria incluem vagões cisterna, vagões cobertos e descobertos. Essas unidades, pintadas com cores da bandeira nacional, começarão a chegar ao país a partir de Fevereiro do próximo ano.
(Jornal de Angola)
Governo de Angola prevê crescimento de 16% em 2008
Luanda, 29 out (Lusa) - A economia de Angola deve crescer 16,2% em 2008, percentual abaixo do previsto pelo governo para 2007, que é de 19,8%, de acordo com o Ministério angolano da Fazenda.
O setor petrolífero, que representa a principal fatia do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola, deverá crescer 13,3% em 2008. Para os outros setores, é prevista uma alta de 19,5%.
Em agosto, o governo angolano baixou sua previsão de crescimento para 2007, de 31,2% para 19,8%, refletindo a queda das receitas petrolíferas e a valorização da moeda do país.
No ano passado, a economia de Angola cresceu 16,1%, puxada principalmente pelo aumento da produção e da exportação de petróleo, atividade que tem contribuído para a captação de investimentos de grande porte.
A indústria, sobretudo a petrolífera, representa atualmente quase 66% da economia angolana. A agricultura corresponde a 9,6% e os serviços, a 24,6%.
Os valores do governo divergem das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que espera para 2007 um crescimento de 23,1%. Para o próximo ano, a entidade estima que o PIB do país africano cresça 27,2.
(Agência Lusa)
Apoio financeiro chinês a Angola aproxima-se de 7 mil milhões de dólares |
Luanda, Angola, 22 Out - O apoio financeiro chinês comprometido para reconstrução de Angola aproxima-se de sete mil milhões de dólares e destina-se, entre outros projectos, à nova cidade de Luanda e ao aeroporto internacional da capital, de acordo com o governo angolano.
Os dados foram avançados na semana passada pelo Ministério das Finanças, numa iniciativa inédita de divulgação junto do grande público do aproveitamento das duas linhas de crédito postas à disposição das autoridades pelo Eximbank - no valor de dois mil milhões de dólares cada - e da primeira no âmbito do Fundo Internacional da China (CIF, na sigla em inglês), que atinge um valor de 2,9 mil milhões de dólares.
Esta última facilidade de financiamento, adianta, permitiu avançar com os projectos do novo Aeroporto Internacional de Luanda, Caminhos de Ferro de Luanda, infra-estruturas de drenagem também na capital angolana e estudos e projectos da nova cidade de Luanda, além das estradas Luanda-Lobito, Malanje-Saurimo, Saurimo-Dondo e Saurimo Luena.
"Tal como na facilidade do Eximbank da China, neste caso também os desembolsos da linha de crédito são feitos através de pagamentos directos aos empreiteiros e aos fornecedores chineses", afirma o ministério de José Pedro de Morais.
De acordo com dados recentemente veiculados pelo Banco Mundial, com base em estatísticas do governo angolano, a linha de crédito do CIF tem um montante total previsto de 9,8 mil milhões de dólares.
Constituído em 2005, o CIF permitiu "criar facilidades ou linhas de crédito para financiar projectos no âmbito do Gabinete de Reconstrução Nacional", "obter novos financiamentos em condições mais competitivas" e "promover em Angola a afectação de capitais de risco, através de investimentos privados nacionais e internacionais", adianta.
De acordo com o Ministério das Finanças, verificam-se actualmente "alguns constrangimentos por parte do CIF na mobilização de financiamento para completar os projectos em curso e para o início de novos", pelo o que o governo encontrou uma solução transitória.
Esta, refere o comunicado, passa por "obter no mercado interno um financiamento de 3,5 mil milhões de dólares , através da emissão de Obrigações do Tesouro, que vão permitir dar continuidade aos principais programas do Gabinete de Reconstrução Nacional".
A aplicação das verbas da linha do CIF é gerida directamente pelo Gabinete de Reconstrução Nacional, presidido por Helder Vieira Dias ("Kopelipa"), general tido como próximo do presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Em entrevista ao Financial Times na semana passada, o ministro-adjunto do primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, afirmou que o crédito CIF "não é completamente comercial, é mais político" e "provavelmente negociado ao mais alto nível".
"É um empréstimo concessional e é suposto que alguns dos créditos não sejam pagos", afirmou Jaime, elemento-chave na elaboração da política económica do governo angolano.
O CIF, com sede em Hong Kong, é um "braço" da Beiya International Development, ligada à importação pela China de petróleo de Angola, país que já se assume como um dos principais fornecedores chineses da estratégica matéria-prima.
Ainda de acordo com dados divulgados na passada semana pelo Ministério das Finanças angolano, o total de verbas disponíveis através das linhas de crédito do Eximbank ascende a quatro mil milhões de dólares.
O primeiro pacote de dois mil milhões foi aplicado em duas fases diferentes, com igual montante disponível, na primeira das quais foram abrangidos 27 contratos correspondendo a 50 projectos, dos quais 21 já estão concluídos.
"Estes projectos incidiram nomeadamente sobre as áreas de Energia, Águas, Saúde, Educação e Obras públicas, cada uma com cerca de 20 por cento do valor total financiado", afirma o Ministério de José Pedro Morais.
Da primeira fase foram desembolsados já 733,2 milhões de dólares e o saldo disponível no final de Setembro era de 1,6 milhões.
Na mesma altura, estavam disponíveis da segunda fase 5,5 milhões de dólares e desembolsados 199,8 milhões.
"Na segunda fase foram até agora enquadrados 13 contratos correspondendo a 52 projectos que estão em execução. Estes contratos pertencem aos sectores das Telecomunicações, Pescas, Saúde, Educação e Obras Públicas. Para completar esta segunda fase há um contrato em vias de aprovação, denominado EDEL III e dois outros contratos em etapa final de negociação, também do sector de Energia e Águas", afirma.
O desembolso total, no âmbito da primeira linha de crédito do Eximbank, ascende assim a 932,98 milhões de dólares, segundo os dados divulgados pelo Ministério das Finanças.
"Em resultado da avaliação positiva feita pelas duas partes em relação ao primeiro pacote de dois biliões de dólares americanos, foi assinado em 20 de Junho de 2006, entre o Ministério das Finanças de Angola e o Eximbank da China, um Memorando de Entendimento prevendo a concessão de um novo financiamento do mesmo montante", afirma.
As actuais relações financeiras entre Angola e China partiram de um Acordo Quadro, assinado em Novembro de 2003, que estabeleceu as bases de uma nova cooperação económica e comercial entre os dois países.
Quatro meses depois era assinado o primeiro Acordo de Crédito com o Eximbank, destinado ao financiamento de projectos de investimento público propostos por Angola, aprovados por um Grupo de Trabalho Conjunto.
(macauhub)
Luanda, 20/10 - O vice-ministro do comércio de Angola, Manuel da Cruz Neto, convidou esta semana, em Macau, a classe empresarial chinesa a investir no país para aproveitarem as oportunidades de negócios que se apresentam, cinco anos depois de terminado o conflito armado.
De acordo com uma nota de imprensa, a que Angop teve acesso hoje (sábado), em Luanda, o governante angolano formulou o convite quando discursava no seminário sobre captação e promoção de investimento chinês, organizado pela Embaixada de Angola na China.
Manuel da Cruz Neto disse ser importante que os investidores estrangeiros estabeleçam parcerias com empresários angolanos ao abrigo do investimento directo, pois, nesta fase de reconstrução nacional, o país está aberto a cooperação de todos quanto queiram participar do processo de desenvolvimento de Angola.
“As relações de cooperação económica entre Angola e China são excelentes, por isso, encorajo os empresários deste país a investirem em Angola”, disse o responsável, acrescentado que o Governo está a empenhado na criação de condições infra-estrurais e jurídicas, para assegurar o sucesso dos negócios de investidores privados estrangeiros.
Disse que o executivo angolano está a trabalhar igualmente no sentido de reduzir as dificuldades burocráticas, e aumentar o número de quadros qualificados.
Durante o seminário foram realizadas diferentes comunicações e debates sobre o papel da banca, das alfandegas e do sector da geologia e minas em Angola.
( notícia AngolaPress)
Foto Angop | |
Ministra Ana Dias Lourenço (à esq.) e o embaixador João Ferreira assinam acordo para reabilitação da estrada Humbe-Cahama | |
Luanda, 20/10 – O Governo de Angola e a União Europeia (UE) assinaram sexta-feira, em Luanda, uma convenção de financiamento do projecto de reabilitação da estrada Humbe-Cahama, na província do Cunene, avaliado em 25 milhões de euros, cerca de 36 milhões de dólares norte-americanos.
O documento foi rubricado pela ministra angolana do Planeamento, Ana Dias Lourenço, na qualidade de Coordenadora do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), e pelo chefe da delegação da Comissão Europeia em Angola, o embaixador João Gabriel Ferreira.
A reabilitação dos 87 quilómetros de estrada da rede principal do corredor do Cunene, entre as localidades do Humbe e Cahama, vai trazer importantes benefícios para a província do Cunene e todas as populações da sub-região.
As obras decorrerão durante um período de três anos, com início previsto para o primeiro trimestre do próximo ano.
Para assegurar o sucesso do projecto e a melhoria da circulação na estrada Lubango-Santa Clara, o Governo está a reabilitar os troços remanescentes entre Lubango e Cahama, Humbe e Ondjiva e a ponte do rio Cunene.
O acordo tem como objectivo melhorar a acessibilidade na referida estrada, contribuir para proporcionar uma rede de estradas sustentável.
Numa outra vertente, o projecto visa a contenção da proliferação de casos de HIV/SIDA, por meio de acções de educação, campanhas de prevenção intensiva e difusão de metodos de prevenção ao longo do corredor.
A reabilitação daquela via de comunicação terrestre vai permitir a interligação e integração regional, melhorar a eficiência do sistema de transporte no corredor principal de ligação entre Angola e a África do Sul, assim como promover o crescimento económico auto-sustentado.
Para a materialização do projecto, foi já lançado um concurso para a contratação do empreiteiro e da empresa de fiscalização, que deverão ser conhecidos em Dezembro deste ano.
( notícia AngolaPress )
( retirada de http://blogdangola.blogspot.com/ )
(quadro de Neves e Sousa)
A caminho do planalto
ao cair da noite quente...
...longas tranças pelos meus dedos deslizaram
sobre a pele de seda de uns ombros
meus lábios pousaram...
No Cuangar subi ao planalto...
(quadro de Neves e Sousa)
os que brandiram a zagaia,
os alegres,
os de serra-abaixo,
os kuvale,
em Capangombe pastam suas manadas
(quadro de Neves e Sousa)
para que lhe não fugisse
a minha alma de guelengue
na doce calma de Quilengues
um inocente olhar tanto me disse
(quadro de Neves e Sousa)
Para trás ficara o Viriambundo,
seguia para lá da Cahama,
rumara ao Sul procurando
a sua princesa cuanhama.
O Cunene atravessara,
na margem certa estava;
os embondeiros assinalavam
o que para a vida inteira não chegava.
Gastos os nonkakos,
nas pedras e secas mulolas,
eis que lhe surgiu, como miragem.
Foi forte visão, contrastada,
impacto brutal, choque solar.
Tomou-se-lhe de amores, o meu amigo
- perdeu-se, ou encontrou-se...
Ah, destino da tristeza:
nos braços de ébano se acabar,
nos lábios do maboque o sabor,
da Cuanhama Princesa.
(quadro de Neves e Sousa)
Ah, amigos meus! A paixão me prende...
aos lábios dessa Muíla, desde esse dia.
Presos meus olhos aos seus encantos,
à espera do seu olhar
sangra-me o peito na demora
de saber o seu sabor...
(quadro de Neves e Sousa)
Do oriental setentrião,
do lendário Gengis Cão,
veio em perdida emigração.
Atravessados vales, subidas serras,
escalados montes, achadas as fontes,
encontrou as prometidas terras.
Aqui um povo encontra seu destino,
sua paz, seu sorriso de menino.
Em remotos genes, a eterna Alma
que em África sempre se renova.
(quadro de Neves e Sousa)
conheces o cheiro dos mutiatis
quando a noite cai sobre o mato
e no seu mistério estás em casa
(quadro de Neves e Sousa)
Orelhas de elefante no penteado,
logo do Cunene desçam as águas
seguirás para Nameculungo.
Verás que não perdes a festa do tchindere.
(quadro de Neves e Sousa)
Num sereno chão que germina,
numa solidão de quem só o imagina,
um povo curte suas peles,
e de suaves argilas se enfeita.
Não longe de Epupa,
onde as águas troam
em apertada garganta,
no teu kimbo te vi,
em tons de ocre,
irmã das pedras.
( quadro de Neves e Sousa )
Há batuque em Ondjiva.
São as mulheres guerreiras.
Se não as vês da picada,
podem estar atrás dos embondeiros.
Segue o som dos n'gomas,
cada vez mais forte,
já estamos perto.
Esta é a terra das grandes batalhas.
Tão árida que o sangue não empapou.
Por isso são vermelhos os panos.
Onde houve morte tem de haver nova vida.
Por isso aqui têm de estar as mulheres.
E por isso as suas cabeças se tingem de vermelho.
E não pára o batuque.
CULTURA
Atlas dos Anfíbios e Répteis de Angola (inglês)
Jornal Angolano de Artes e Letras
Portal do Uíge e da Cultura Kongo
Revista Angolana de Ciências Sociais
Revista Angolana de Sociologia
União dos Escritores Angolanos
DESPORTO
Federação Angolana de Atletismo
ENSINO SUPERIOR
Faculdade de Medicina (Lubango)
Instituto Superior Politécnico Tundavala
EVOCATIVAS
Instituto Comercial (Sá-da-Bandeira)
FOTOGRAFIA
Fotos de Angola no Skyscrapercity
Galeria de Diamantino Pereira Monteiro
Galeria de Tiago Campos de Carvalho
Sérgio Guerra- Banco de Imagens
GERAIS
HISTÓRIA
Angola Do Outro Lado Do Tempo...
Angola na Biblioteca Digital Mundial
Grupos Étnicos na Década de 30
INFORMAÇÃO
INSTITUIÇÕES
Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente
Associação dos Empreendedores de Angola
Câmara de Comércio Angola-Brasil
Câmara de Comércio e Indústria
Delegação da União Europeia em Angola (Facebook)
JORNALISMO
MISCELÂNEA
SAÚDE
Biblioteca Virtual em Saúde - Angola
TURISMO