(foto de Sérgio Guerra, in colunistas.ig.com.br)
Mulher Angolana
que teus filhos entregas
à Terra imensa -
como teus lábios
de tenros talos sequiosa
de pèzinhos dos omonas -
que rápidos aprenderão
em correrias pelo seu chão
a trepar aos paus sem medo,
a matar a fome com goiabas...
Mulher Angolana
ainda teu olhar é de menina,
tens voz de vivida calma
e o olhar profundo e distante.
Ao pé de ti
o meu coração se encosta,
sente bater teus passos quentes,
certo de que sempre me acompanhas...
(foto de Sérgio Guerra, in colunistas.ig.com.br)
Ao meu posto de observação
volto, esperando sinais
como as inesperadas revelações.
Para posto de observar
todos servem;
qualquer ou nenhum
se presta,
estejam abertos
ou fechados, os olhos.
Observe-se o rosto,
encare-se a vida
de frente, com gosto.
( foto de Sérgio Guerra, in colunistas.ig.com.br )
Estão secos, os meus olhos.
Secou-se-me o coração.
Está seco o meu jardim.
Minha boca já esqueceu
a água de outros lábios.
A secura dos desertos
tornou-se-me apropriada.
Apropriou-se da minha vida,
tomou-lhe o lugar.
A memória da sede saciada
já não refresca.
Definhou o viço das hastes,
desfez-se a semente.
Não mais esperançosas sombras
cruzam os céus dos meus dias.
As nuvens também secaram.
Ontem foi dia de grandes decisões lá em casa...
Não prevendo grande coisa do jogo do Glorioso Benfas e muito menos ainda da jogatana dos Guerreiros entrançados, decidi pôr ordem no Cúbico para assim poder desfrutar (ou seja, apreciar melhor as frutas que se distribuem nestes eventos) com a maior das serenidades, desses dois momentos ímpares de televisão.
Como não me esqueci da chave de casa o que não sei bem porquê, já vem sendo um hábito, entrei de rompante, a chamada entrada de Leão e disparei alto e bom som... Alto lá minha gente, isto a partir de agora tem que ser diferente, não admito depois desta minha intervenção questionamentos sejam eles de espécie forem... A Anika olhou para mim surpresa, tb pudera, nunca me tinha dado nenhuma crise de autoritarismo deste tipo, o Francisco, esse marimbou-se no sermão e a Indira sorriu.
Encho o peito, olho de frente bem sério para todos, o silencio reina e começo a debitar a arenga que passei a tarde toda a ensaiar... A partir de hoje, deste preciso momento, AGORA (aqui abro muito os olhos para intimidar), a última palavra, a palavra definitiva nesta casa... (pausa para criar suspense) é minha... só minha, ouviram bem????
Silêncio ainda maior, a Anika só olha, o Francisco continua a montar o Puzzle do Thor e a Indira continua a sorrir... e a minha palavra ou melhor as minhas últimas e definitivas palavras são, continuo eu com uma firmeza extraordinária... SIM QUERIDA.
A Anika aproveitou para suspirar muito fundo e disse-me que podia começar por dar um jeito à loiça do lanche dos miúdos sem esquecer de ir dando uma olhadela ao peixe que estava no forno para o jantar, enquanto ela ia tratar de uns assuntos com a irmã a quem ficou de ligar para combinarem já nem me lembro muito bem o quê, o Francisco sem levantar a cabeça, pediu-me para mudar de canal, porque o Disney Junior já não estava com nada, agora era hora da SIC K e a Indira instalou-se confortavelmente nos cadeirão a fazer horas para o jantar.
Eu, fazendo jus ao meu pronunciamento autoritário, disse-lhe como havia prometido 5 minutos antes... SIM QUERIDA,
rumei ao fogão, inspecionei o peixe e de avental apertado pus toda a loiça a brilhar.
Da noite Europeia de Futebol fiquei a saber por volta da meia noite, quando o Francisco já sonhava com aventuras contra moínhos de vento, que os Guerreiros foram batidos sem apelo nem agravo, e que o Benfas voltou a sonhar com a glória. Parece que afinal não perdi nada e isto sem deixar esturricar o peixe.
Sózinho, enquanto fumava o cigarrito da ordem, reflecti e concluí, que homem inteligente, não discute com mulher. Basta dizer-lhe de tempos a tempos um SIM QUERIDA.
Quando era mais miúdo (continuo a ser, calma lá) sonhei querer ser quando passasse a calçar de pés mais de 35 um ror de coisas, aliás como quase toda gente. De bombeiro, a ginecologista (isto foi mais lá para os tempos em que calçava ainda de pés 33 ou 34), artista cantor passando obviamente por futebolista, pelas razões que toda a gente também conhece e que até tinham a ver com a exigência maior de ter que haver muito pouca escola, muito exercício ao ar livre, muita gaja boa, tudo isso por se dar uns valentes bicos na bola, por se aparecer de tempos a tempos na TV (na altura a PB) ou naquelas revistas de cor indefinida que para além de fofocas domésticas também traziam em forma de apêndice as tão choradas e adoradas fotonovelas tão ao gosto do sopeirame.
A minha convicção e interesse pelo desporto rei mais reforçada saiu quando um dia ouvi da boca de um ilustre famoso praticante da modalidade a frase que ainda hoje me serve de referencia quando ás vezes dou comigo a duvidar das minhas capacidades de fotógrafo. Dizia o cavalheiro qualquer coisa como "penso, logo jogo à bola" ou ainda de forma muito mais exuberante e não menos retumbante "comigo ou semmigo, havemos de vencer o jogo de domingo", palavras que por me terem ficado gravadas na alma, ainda hoje vêm as lágrimas quando vejo a desgraçeira (de resultados e não só) que grassa nalguns clubes de futebol que por sinal nas épocas áureas se batiam de igual para igual feitos leões...
Ora por me interessar pelo fenómeno da bola tenho andado concentrado a ouvir as explicações de gente avisada na matéria que entre outras coisas, diz, que a tal desgraçeira que se vive em algumas instituições se deve acima de tudo, entre outras coisas à espiral de falta de confiança e desmotivação que grassa no grupo de trabalho, os jogadores portanto, uma vez que os moços habituaram-se, à força de perder tantos jogos seguidos a uma lógica perdededora que dificilmente se puderá inverter.
Um dos remédios, ainda na óptica da gente avisada da bola que manda bitaites a toda a hora, para tal maleita passa por substituir treinadores de meia em meia dúzia de jogos, mas nunca os jogadores (esta parte tenho alguma dificuldade em perceber, confesso), estes mesmos jogadores que ainda há dias eram apresentados aos sócios destas instituições como a solução para vencer, até se vislubravam futuros Messis e Ronaldos entre alguns deles, que de repente atacados de uma súbita inépcia, deixaram de render em campo e sem explicação aparente passaram a perder toda e qualquer jogatina, fosse ela a sério ou a feijões.
Não sendo adepto de nenhum clube da bola, nem tendo nehuma afeição especial por nenhuma côr ou emblema, mas ferveroso espectador destas coisas da bola sobretudo quando ela bem tratada (entenda-se bem jogada), parece-me que a solução prática da coisa seria pagar-lhes, a eles, aos artistas, em função do produzido em campo, como aliás se faz na VIDA. É que enquanto não produzirem, forem pagos na íntegra e ainda por cima tratados com paninhos quentes e outras paparoquices, não accredito que haja treinador que resiste nem espiral recessiva que se inverta. Por essas e por outras vou mas é dedicar-me à ginecologia.
Ah pois…
Todos os meus amigos GORDOS como eu, circulam por aí em grandes motas, algumas muito ruidosas, mas todas muito rápidas e vistosas.
De inicio pensei que a escolha deles tinha muito a ver com o brutal peso que as ditas potentes coisas velozes e barulhentas têm que transportar diariamente. Há amigos meus que pesam mais de 120kgs.
Depois pensei, que sendo eles pro anafadito, longe de mandarem aquele corpito, a maior parte das vezes construído mais à base dos tão badalados cocktails de bombas que de ferro e suor de do ginásio, por uma questão de complexo, optavam sim pela velocidade estonteante que essas coisas de duas rodas alcançam quase instantaneamente como forma de serem mais ouvidos que vistos. Da aturada reflexão que tenho vindo a fazer sobre o assunto, reconheço ter falhado redondamente nas minhas análises.
Todos os meus amigos gordos até nem acham que têm peso a mais, são vaidosos como perús. A escolha do material rolante potente, segundo os inquiridos tem mais a ver com as gajas do que propriamente com o peso. Um gajo numa Ducatti barulhenta toda xpto, capacete com viseira escura, blusão de couro do tipo James Bond, saca o mulherio quase sem se esforçar o que não aconteceria se o mesmos amigos gordos andassem de rapidinha... é que, segundo me consta, o mulherio não resiste a um bom "ratter" e há por aí um mulherio danado por sentir emoções fortes.
Ontem para confirmar esta hipótese fui, bem na hora de ponta (que é como quem diz, aqui hora de ponta é todo o santo dia) dos sambila à mutamba de rápida e nada... nem sequer uma só tipa demonstrou vontade de experimentar velocípede. Muito pelo contrário, levei mirada e xeees para a semana toda. Os únicos encontros que tive no dito percurso, foi com esses senhores vestidinhos de azul, que ora me pediam os documentos ora me falavam de gasosa, até pareciam vendedores de refrigerantes ou que estavam com muita sede. Nenhum pediu boleia, nenhum fez menção de ir passear.
Ainda ontem também, dei-me ao trabalho ali para os lados da Lusíada, de fazer 2 cavalinhos e 3 acelaradelas brutas na Ducatti do meu primo Manel e era vê-las a correr rua acima... nem foi preciso pôr o tal capacete de viseira negra... Sem mexer um dedo assim num abrir e fechar de olhos arranjei 5 candidatas a dar um passeio rápido até à nova marginal... Ele há coisas...
Não sei se isto tambem vos acontece, mas se os imensos “é-meiles” que diáriamente me atafulham a caixa do correio a solicitarem os meus dados bancários para me transferirem muitos milhões que, dizem eles, eu sortudamente acabei de herdar de um recente defunto benemérito qualquer, daria, no mínimo para me tornar na capa da Fortune e ombrear taco a taco em matéria de bufunfa com um qualquer Bill Gates.
(foto de Adalberto Gourgel)
Os nossos frequentadores habituais certamente se aperceberam de algumas modificações, recentemente ocorridas neste blogue. Primeiramente, queremos destacar o facto de que contamos com uma equipa de colaboradores mais alargada, o que indubitavelmente trará mais valia aos conteudos que aqui vão sendo "postados". A lista de ligações que pomos à disposição foi revista, depurada e alargada, procurando manter referências de qualidade e diversidade, no sentido de abranger um leque cada vez mais amplo, que satisfaça a procura de informação dos nossos visitantes. Foram efectuados alguns ajustes gráficos, mantendo a simplicidade como nosso estilo próprio, o que simultaneamente, do ponto de vista informático, garante a facilidade e rapidez no acesso. Ao Angola Profunda afluem diariamente cerca de uma centena de visitantes, espalhados por todo o globo, maioritariamente situados nos vértices do triângulo lusófono atlântico Angola-Portugal-Brasil. Consideramos nossa missão continuar a trabalhar para prestar um serviço público gratuito, designadamente promover o conhecimento da nossa grande Angola.
O cônsul de Angola em Faro, Mateus de Sá Miranda Neto, afirmou que a preocupante crise económica e financeira em Portugal, está a afectar já a vida de cidadãos angolanos imigrados.
Discursando num acto comemorativo do 37º aniversário da independência de Angola, o representante consular deplorou o facto de Portugal, “com o qual estamos ligados por laços históricos de amizade, cooperação e de consanguinidade, viver uma das maiores crises da sua história com impacto negativo na vida dos cidadãos, incluindo, obviamente, os angolanos nele residentes”.
Sá Miranda Neto lamentou ainda, como consequências da crise, o aumento de “pedidos de assistência consular de vária ordem, vindos da nossa comunidade e não só”. A essas solicitações, disse, “procuramos resolver caso a caso em função do que o nosso orçamento permite”.
Outra situação que afecta a comunidade angolana local, segundo o cônsul de Angola em Faro, “é a existência de um número considerável de indivíduos da nossa comunidade sem documentação, vivendo há vários anos em condição migratória ilegal”.
“É um problema delicado que temos que resolver com celeridade e com muito cuidado, por forma a conferir ao angolano indocumentado o estatuto de cidadania e a dignidade, visando resgatar-se o orgulho de ser angolano”.
(de Angonotícias)
CULTURA
Atlas dos Anfíbios e Répteis de Angola (inglês)
Jornal Angolano de Artes e Letras
Portal do Uíge e da Cultura Kongo
Revista Angolana de Ciências Sociais
Revista Angolana de Sociologia
União dos Escritores Angolanos
DESPORTO
Federação Angolana de Atletismo
ENSINO SUPERIOR
Faculdade de Medicina (Lubango)
Instituto Superior Politécnico Tundavala
EVOCATIVAS
Instituto Comercial (Sá-da-Bandeira)
FOTOGRAFIA
Fotos de Angola no Skyscrapercity
Galeria de Diamantino Pereira Monteiro
Galeria de Tiago Campos de Carvalho
Sérgio Guerra- Banco de Imagens
GERAIS
HISTÓRIA
Angola Do Outro Lado Do Tempo...
Angola na Biblioteca Digital Mundial
Grupos Étnicos na Década de 30
INFORMAÇÃO
INSTITUIÇÕES
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Câmara de Comércio Angola-Brasil
Câmara de Comércio e Indústria
Delegação da União Europeia em Angola (Facebook)
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