A editora Chá de Caxinde, em parceria com o Instituto Camões, apresentam nesta quinta-feira (30), no Instituto Camões, em Luanda, o mais recente livro de poemas do escritor angolano João Melo, intitulado "Novos Poemas de Amor".
A obra contém 40 poemas escritos no período de 1990 a 2000. Em "Novos Poemas de Amor"., João Melo "mostra um erotismo, mas um erotismo maduro, no qual a paixão é constantemente atravessada pela cumplicidade do tempo".
Os novos poemas apresentam "um ritmo construído de maneira contida, onde sente-se que a ordem formal está ali a enformar a desordem dos sentidos, em contraponto com as emoções".
João Melo, nascido em 1955, em Luanda, é escritor, jornalista, professor universitário e deputado à Assembleia Nacional.
O escritor e director-geral da revista África 21, parceira do África 21 Digital, esteve em Novembro do ano passado no Brasil para apresentar o livro de contos “Filhos da Pátria”, em Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis.
Antologias
João Melo está representado em várias antologias, em Angola e no estrangeiro. Teve três menções honrosas, duas no Prêmio Sonangol de Literatura e uma no Prêmio Sagrada Esperança, ambos em Angola. Publicado em Portugal e Angola, tem também textos traduzidos para mandarim, alemão, italiano e húngaro.
É membro fundador da União de Escritores Angolanos, da qual já foi secretário geral. Como jornalista, com mestrado em comunicação pela UFRJ, recebeu, em 2008, o Prêmio Maboque de Jornalismo, a maior distinção jornalística da comunicação angolana. João Melo, deputado à Assembléia Nacional, é um dos autores africanos mais estudados nas universidades brasileiras.
"As potencialidades da Angola pacificada estão a atrair gente de todas as origens e paragens para o nosso país, em busca de trabalho ou de negócios. Isso é igualmente reforçado pelas estratégias da burguesia angolana emergente, que tende a estabelecer alianças com forças estrangeiras.
Os dois factos estão a criar um mal estar em alguns segmentos da sociedade angolana, em especial os quadros e certos aspirantes a empreendedores, agastados com determinadas formas de concorrência desleal existentes no mercado.
Estou de acordo que não apenas é legítimo, com o é necessário discutir isso. Mas é imperioso fazê-lo sem perder o foco e, sobretudo, mantendo um raciocínio de base histórica, sociológica, económica, ética e moral objectivo. Na minha opinião, certos fazedores de opinião têm caído na tentação fácil e simplista do “impressionismo político”, para não dizer da demagogia e do populismo.
Aqui ou ali, certas análises denunciam mesmo, voluntária ou involuntariamente, um mal disfarçado preconceito, inclusive de tipo epidérmico. Isso é perigoso.
No presente texto, vou concentrar-me na problemática dos recursos humanos contratados no exterior. Sejamos honestos: Angola não tem quadros em quantidade e qualidade suficiente para corresponder às suas actuais necessidades de desenvolvimento. Por isso, do ponto de vista histórico, sociológico e económico, pelo menos, o recurso a quadros estrangeiros que o país (o Estado e as empresas) tem feito justifica-se perfeitamente.
Do ponto de vista ético e moral, tenho de perguntar se é correcto fechar Angola aos estrangeiros, inclusive na base de ressentimentos históricos?
Obviamente, os recursos humanos têm de ser procurados, antes de mais, no próprio país. Para isso, a aposta na educação é fulcral. O problema é que, mesmo que as estratégias do governo em matéria de educação fossem irrepreeensíveis, a formação de todos os quadros de que o país carece leva tempo, o que não se compadece com as necessidades imediatas de reconstrução e desenvolvimento. É necessário, pois, procurar esses quadros no exterior. O que a sociedade deve exigir é que o governo faça isso de maneira planificada e estratégica.
Desde logo, é preciso saber que tipo de quadros o país precisa e em que quantidades. Como essa carência de quadros é ampla e diversificada, isso pode ter consequências sociais e políticas (muita gente não entende, por exemplo, a contratação de operários especializados, sobretudo na construção civil, mas o facto objectivo é que não existem angolanos suficientes com essa qualificação). A fim de minimizar essas consequências, é necessário priorizar estratégias de desenvolvimento que, nesta fase, impliquem mão-de-obra massiva e não intensiva (a excessiva ênfase no agronegócio não me parece, nesse sentido, uma opção correcta).
O “procurement” de quadros no exterior pode também obedecer a certas prioridades que facilitem a sua absorção pelo conjunto da sociedade. A primeira proridade, quanto a mim, devem ser os angolanos emigrados (sem distinções de nenhuma espécie). A segunda, os quadros dos países de língua portuguesa, com preferência para os africanos e os afro-descendentes (isso não é uma classificação “racial”, pois também há afro-descendentes brancos). A terceira prioridade podem ser os quadros provenientes dos demais estados africanos.
Certo tipo de quadros desses países (como médicos, professores e engenheiros) podem beneficiar de certas facilidades migratórias, como obter, sem maiores formalidades, um visto de trabalho, desde que tenham contrato com uma entidade nacional. Todos os anos, e de acordo com um sistema de quotas migratórias, alguns deles poderiam mesmo tornar-se residentes permanentes. Conheço, por exemplo, professores universitários originários de alguns países africanos de língua portuguesa que aguardam há anos por um visto de trabalho em Angola, o que considero uma aberração.
Há duas outras exigências que devem ser feitas ao governo, nesta matéria. A primeira é a adopção de estratégias efectivas para que os quadros recrutados no exterior possam contribuir para a formação dos quadros angolanos, em todos os sectores e a todos os níveis. A segunda é velar para que as discrepâncias entre as condições sociais dos quadros estrangeiros e as dos quadros nacionais não sejam tão absurdas como muitas vezes são (uma das medidas pode ser, precisamente, facilitar a imigração individual, por sua conta e risco, de quadros estrangeiros e não a sua contratação como “cooperantes”).
Estas são apenas algumas ideias e sugestões, pois trata-se de um tema vasto e complexo, que um dia terá de ser discutido corajosa, mas serenamente: a relação entre as necessidades existentes no domínio dos recursos humanos, as políticas migratórias e o desenvolvimento do país. A minha tese é que isso deve ser feito combinando abertura e defesa dos interesses estratégicos do país, pois não acredito que este último objectivo seja alcançado adoptando uma atitude xenófoba."
João Melo (in África 21)
Fonte: Angola Press - Editado por AD | |
Uma exposição colectiva de pinturas e esculturas dos artistas plásticos angolanos Tomás Ana “Etona” e Sozinho Lopes estará patente de 3 a 15 de Agosto, em Israel, na Feira Contemporânea de Artes Plásticas do Estado de Jerusalém. Estes criadores, que vão compartilhar o evento com artistas plásticos de outros países do mundo, vão mostrar vinte esculturas e dez pinturas, com o fim de ressaltar a cultura de Angola neste país do médio oriente. Em declarações segunda-feira, Tomás Ana "Etona", refere que no conteúdo das obras a expor, durante 15 dias, estarão igualmente em abordagem questões sociais e os últimos desenvolvimentos do país em actividades como desporto e economia. “É uma oportunidade que temos para exibir Angola em termos de Arte, pelo que agradecemos à Embaixada de Angola em Israel que tudo fez para que fosse possível levar essas criações”, referiu. Natural da província do Zaire, Etona começou a desenvolver a sua actividade artística na década de 1970, tendo feito depois o curso médio de Artes Plásticas no Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural. Foto: Pintura de Sozinho Lopes |
(AngolaDigital)
(mirandinhas1)
Mais de um milhão de dólares norte-americanos são gastos mensalmente, pelo governo angolano, em bolsas de estudo interno e externo, soube-se quinta-feira, em Luanda.
(in Angola Digital)
(mirandinhas1)
(mirandinhas1)
(mirandinhas1)
http://omateus.googlepages.com/Mateus_Castanhinha_2008_NGP_10_08_Gr.pdf
http://omateus.googlepages.com/Schulpetal2008Prognathodonkiandafrom.pdf
http://www.museulourinha.org/pt/Omateus/Papers/Jacobs_Mateus-et_al_2006_Angola.pdf
http://www.paleoangola.org/AngolaSite/Publicacoes_Publications.html
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Atlas dos Anfíbios e Répteis de Angola (inglês)
Jornal Angolano de Artes e Letras
Portal do Uíge e da Cultura Kongo
Revista Angolana de Ciências Sociais
Revista Angolana de Sociologia
União dos Escritores Angolanos
DESPORTO
Federação Angolana de Atletismo
ENSINO SUPERIOR
Faculdade de Medicina (Lubango)
Instituto Superior Politécnico Tundavala
EVOCATIVAS
Instituto Comercial (Sá-da-Bandeira)
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Galeria de Diamantino Pereira Monteiro
Galeria de Tiago Campos de Carvalho
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Angola Do Outro Lado Do Tempo...
Angola na Biblioteca Digital Mundial
Grupos Étnicos na Década de 30
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