Universidade Agostinho Neto
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(por Fula Martins, in Jornal de Angola)
O Estado angolano vai atribuir, este ano, três mil bolsas internas para o ensino superior, das seis mil previstas. O corte de 50 por cento deve-se a questões financeiras, referiu, na cidade do Huambo, o secretário de Estado Adão do Nascimento. No ano passado, a Secretaria de Estado para o Ensino Superior atribuiu três mil bolsas internas.
O secretário de Estado para o Ensino Superior fez este anúncio à margem do Conselho Consultivo Ordinário da Saúde, relizado no Huambo. Adão do Nascimento referiu que o Governo está empenhado em tirar o máximo proveito das bolsas de estudo de países que cooperam com Angola há muitos anos, como Cuba, Rússia e outros do Leste europeu.
De acordo com o secretário de Estado, Cuba recebeu, no ano passado, 100 bolseiros angolanos, provenientes de todas as províncias do país. Em cada geração de alunos enviados para bolsas de estudo no exterior, são seleccionados os melhores, numa média de 20 por cento, para continuarem a sua formação ao nível de especializações, explicou o secretário de Estado do Ensino Superior.
Para além dos 100 estudantes já enviados,o contrato com as autoridades cubanas prevê a formação de quadros ao nível de pós-graduações, mestrados, doutoramento e especialização, bastando o processo estar devidamente constituído.
Adão do Nascimento acrescentou que o Governo, desde 2008, passou a assistir financeiramente os estudantes mais carentes, mas o aproveitamento académico destes é também acompanhado de forma rigorosa.
A formação de quadros do Ensino Superior no exterior do país continua a ser uma aposta segura, disse Adão do Nascimento. “Por muitos anos ainda, não teremos capacidade suficiente de sermos auto-suficientes, tornando-se esta uma prioridade do Governo”, afirmou. O incremento deste tipo de formação vai ser feito através de acordos de cooperação com instituições do Ensino Superior de vários países.
Por questões financeiras, os trabalhos estão limitados à identificação dos estabelecimentos do Ensino Superior no exterior, mas deverá iniciar ainda este ano.
Os "processos de libertação"
A divulgação e preservação da história de Angola, principalmente dos processos relativos à luta de libertação e da independência nacional, implica uma análise profunda e abordagem histórica-científica por parte de historiadores e investigadores.
Segundo a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, que falava no acto de encerramento da mesa redonda sobre o processo 50 realizada hoje no Palácio dos Congressos, em Luanda, é necessário que esta época da história recente, mas ainda desconhecida, e rica de acontecimentos seja analisada com profundidade para “desmistificar e descodificar” factos e conhecimentos que justificam as acções dos nacionalistas angolanos.
“É preciso conhecermos a nossa história, o nosso passado para melhor nos entendermos, aceitar a nossa diversidade e diferenças como filhos de uma mesma terra”, apontou.
Para a ministra, o processo dos 50 constitui um marco na história de Angola, realçando a necessidade de ser dar dignidade e reconhecimento aos nacionalistas que se predispuseram aos ideais de libertação do país.
Durante a jornada, os participantes debateram temas como "Tentativa de estudo da corrente nacionalista no centro de Angola" e "Processo 50: memórias de uma luta clandestina para a independência de Angola", apresentados pelos historiadores
Pedro Capumba e Anabela Cunha.
O director da Escola Nacional de Dança, Nelson Augusto, afirmou que, com a abertura, para breve, dos institutos médio e superior de artes, o país, neste domínio, vai afirmar-se, cada vez mais, a nível nacional e internacional.
Em entrevista à Angop, Nelson Augusto disse que a dança, enquanto arte, vai dar um salto qualitativo e quantitativo, com a abertura dos institutos na zona da Camama, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda.
“Projectos desta natureza estão também a ser estudados pelo Ministério da Cultura, relativos essencialmente ao ensino elementar da 5ª à 9ª classe e prevê-se, também, a curto e médio prazo, a abertura do instituto superior de artes”, afirmou.
Existe um curso de formadores de professores para o ensino elementar e a preparação de alunos para ingressarem no nível superior, disse Nelson Augusto. O perfil da escola vai permitir que o estudante possa ingressar na vida artística nacional, como bailarino, coreógrafo, ensaiador de grupos de dança ou, por sua iniciativa, criar outros projectos.
“A responsabilidade da Escola Nacional de Dança resume-se a preparar os alunos para enriquecerem o mercado”, acrescentou. Também têm como objectivo, no âmbito do professorado, ministrar a disciplina de dança educativa no ensino geral (da iniciação à nona classe) caso existam estes programas nas escolas públicas e nos colégios privados e centros culturais.
”O curso de dança encontra-se num processo de transição adiantado e quando formos para a Camama teremos um ensino mais reformado”, disse Nelson Augusto. A comissão tem estado a trabalhar e já apresentou material para a abertura dos dois primeiros cursos no instituto médio.
Acrescentou que está também em estudo um pacote legislativo com suporte de alguns técnicos da escola, entre eles os mestres Domingos Wizarte e Ana Clara Guerra Marques para comissão da área de dança.
“Nós tivemos um momento da nossa história em que estagnamos no tempo e no espaço. Mas agora o momento é de certeza na concretização dos projectos em curso”, afirmou Nelson Augusto.
Na pretérita semana, foi destacado, pelos médias, a evolução para Instituto Superior de Ciências da Saúde do actual Instituto Superior de Enfermagem de Luanda (ISE), nomenclatura que além da formação de quadros angolanos em curso de enfermagem permitirá a introdução de outros do ramo da medicina.
O facto foi quinta-feira anunciado pelo secretário de Estado para o Ensino Superior, Adão do Nascimento, quando dissertava, na cidade o Huambo, o tema "A Formação dos Recursos Humanos da Saúde no quadro do programa do governo", no âmbito do XX Conselho Consultivo Ordinário do Ministério da Saúde.
Adão do Nascimento esclareceu que o novo carácter atribuído ao ISE implica que serão introduzidos, ainda este ano, de forma progressiva cursos de ciências da saúde, como por exemplo farmácia e fisioterapia.
O anuncio da disponibilização de 80 milhões de kwanzas por parte do Governo angolano para financiar bolsas de estudo aos cidadãos angolanos com baixa renda e filhos de ex-militares, que queiram frequentar o ensino superior em faculdades privadas e públicas no país, marcou o noticiário social da semana finda.
Em entrevista à Angop, o director-geral do Instituto Nacional de Bolsas de Estudo (INABE), Jesus Baptista, disse que este processo vai abranger as 18 províncias do país e os candidatos terão idade máxima de 25 anos.
Neste momento, esclareceu a fonte, decorre a divulgação para posterior selecção dos candidatos, tendo advertido que os que reprovarem no primeiro ano terão um corte de 50 porcento da sua bolsa.
Para o presente ano lectivo, o governo tem disponíveis três mil, das seis mil bolsas previstas inicialmente, destinadas a estudantes com idades máximas de 25 anos e em dificuldades financeiras para dar continuidade ao processo de formação académica a nível superior.
Segundo o vice-ministro da Educação para a reforma educativa, Mpinda Simão, o Ministério quer continuar a trabalhar para fortalecer a produção da indústria e assim melhor servir o sistema educativo nacional.
Este processo, que prevê a criação da capacidade de produção interna, vai contar com o envolvimento de empresas gráficas nacionais.
De acordo com Mpinda Simão, neste momento regista-se no país uma necessidade global de 60 milhões de exemplares para se fazer face ao sistema educativo.
Com a entrada em funcionamento da capacidade instalada, acrescentou, serão produzidos numa primeira fase 30 milhões e 600 mil manuais, que corresponderá a cerca de 58 porcento da necessidade global.
Um dos problemas mais frequentes registados nesta área tem a ver com a distribuição destes materiais, facto que levará o seu pelouro a procurar criar novos mecanismos de fiscalização, de modo a que os mesmos cheguem gratuitamente aos seus reais
beneficiários.
(foto de Tonspi)
O nefrologista Matadi Daniel, que falava a margem do XX Conselho Consultivo do Ministério da Saúde, que teve lugar na província do Huambo, considerou o número escasso, visto que por cada um milhão de habitantes existem 100 doentes que entram em falência renal crónica, por ano.
O médico pergunta-se onde estarão os outros doentes quando apenas Luanda possui centros de Hemodiálise, sublinhando que muitos podem até não saber que padecem desta patologia, por viverem numa província sem estes serviços.
Neste âmbito, apela por mais centros e melhores diagnósticos nos hospitais para se detectar precocemente e evitar que os doentes entrem em falência renal crónica.
Existem quatro centros de Hemodiálise no país, sendo um no Hospital Militar Principal, Américo Boavida , Josina Machel e Multiperfil, cujo tratamento é bastante oneroso e integralmente subvencionado pelo Estado.
Acrescentou que o Estado gasta por mês aproximadamente 2.800 dólares por cada doente em hemodiálise, com as sessões e a medicação.
O vice-ministro da Ciência e Tecnologia, Orlando da Mata, considerou que os conhecimentos sobre biotecnologia podem constituir valiosas ferramentas para solucionar problemas relacionados com a pobreza, fome, desemprego, saúde pública e ambiente.
O governante, que falava na Faculdade de Ciências Agrárias do Huambo, na cerimónia de abertura do workshop regional sobre biotecnologia, afirmou que o Ministério da Ciência e Tecnologia, no quadro das suas atribuições, deverá buscar uma aliança estratégica entre a biotecnologia e as áreas da saúde, agro-pecuária, indústria e ambiente, para tornar o país numa referência regional em investigação.
"A implementação de projectos cujo foco é o desenvolvimento da biotecnologia em Angola deve ser a partir do desenvolvimento sustentável da nossa biodiversidade, dando ênfase aos processos e troca de conhecimentos tecnológicos inovadores" frisou o governante, realçando que está é uma das metas e objectivos a que o ministério se propõem a atingir.
Considerou que, através de acções estratégicas que envolvam investimentos para a criação de infra-estruturas e legislação apropriada para o sector, o país poderá criar uma indústria de biotecnologia virada à produção de medicamentos, a partir de recursos naturais, alimentos, biocombustíveis, biomassa e energias.
Para atingir estes objectivos, Orlando da Mata considerou ser importante o estabelecimento de parceiras público privadas, com instituições de ensino superior, assim como com de investigação científica e tecnológica.
"É preciso ir ao encontro da ciência, buscar parcerias para a resolução dos vários problemas", sublinhou o vice-ministro.
O workshop regional sobre biotecnologia consta das estratégias do Governo para a revitalização do sector agro-industrial e de negócios. Promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o encontro contou com 100 participantes, entre parlamentares, governantes, cientistas, investigadores, docentes e estudantes nacionais e estrangeiros do ensino superior.
Estão agendados para os debates que terminam hoje assuntos relacionados com a biotecnologia na agricultura e na saúde, o desenvolvimento tecnológico e a biotecnologia e orientações metodológicas para o sector provincial de ciência e tecnologia.
Este encontro consta do programa do Ministério da Ciência e Tecnologia para 2009 que visa realizar palestras nacionais e conferências internacionais, buscando contributos para o fortalecimento da estratégia do sector biotecnológico.
O acto de abertura contou com a presença do vice-governador do Huambo para área social e económica, David Barbosa.
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