Uma apaixonante e esplendorosa terra, um magnífico povo! Será brilhante seu futuro, construído por todos os que têm Angola no coração, que nela ou na diáspora trabalham e com amor criam suas famílias.
Domingo, 31 de Agosto de 2008
mestria nas redes...

Stowing The Nets por Makgobokgobo.

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Angolanos no Algarve

Comunidade angolana aspira a um Consulado

 

João Serra | Lisboa

Os angolanos residentes no Algarve, uma comunidade constituída por mais de dez mil pessoas, aspiram a ter um Consulado de Angola nesta região de Portugal, justificável segundo afirmam pela grande concentração de nacionais, que por falta desse serviço na sua zona de residência precisam de deslocar-se a Lisboa para tratar de assuntos como a emissão ou renovação de bilhetes de identidade e passaportes, vistos e inscrição consular.
Este desejo é partilhado pela APALGAR – Associação de Amizade dos PALOP no Algarve, que congrega maioritariamente angolanos. “A maior necessidade aqui é um Consulado, que já existiu de 2001 a 2002, em Faro, depois foi encerrado. Julgo saber que o Orçamento Geral do Estado para 2008 já prevê uma verba para a reabertura da representação consular no Algarve”, disse ao Jornal de Angola, em Quarteira, o presidente da APALGAR, Fernando Rocha, do Namibe.
A associação serve de facilitadora a pessoas com dificuldade de se deslocarem ao Consulado-Geral de Angola na capital portuguesa, encarregando-se de fazer chegar a Lisboa algumas solicitações burocráticas de membros da comunidade.“As dificuldades mais frequentes consistem na demora de emissão ou renovação de passaportes”, refere Fernando Rocha.
A Associação tem uma relação de proximidade com a Embaixada e com o Consulado-Geral, o que permite um desembaraço mais rápido de processos, que a distância por vezes faz demorar. “Temos mantido esta luta (no bom sentido, é claro) para abertura de um Consulado porque Angola tem no Algarve uma comunidade enorme e a crescer permanentemente, contando já com mais de dez mil pessoas, incluindo as crianças de ascendência nacional que aqui nascem e são registadas no Consulado-Geral de Lisboa”, acrescenta Fernando Rocha. Este contínuo crescimento da comunidade no Algarve deve-se também à chegada de familiares de pessoas radicadas na região e que acabam por se instalar no Algarve devido à abundante oferta de trabalho, sobretudo na construção civil e na indústria do turismo, que constitui um dos mais fortes pólos da economia da região.
A APALGAR tem sede em Quarteira e núcleos activos em Albufeira, Faro e Olhão, os concelhos algarvios com maior concentração de angolanos. Existe contacto permanente e estreito entre esses pólos, numa descentralização regional que facilita a ajuda recíproca em iniciativas da Associação.
A Associação de Amizade dos PALOP no Algarve surgiu da necessidade de uma estrutura associativa capaz de apoiar as comunidades destes países na região. Foi fundada em Dezembro de 1999 e tem hoje cerca de um milhar de associados, na sua grande maioria angolanos, mas cresce em média ao ritmo de uma centena de novos membros por ano. “Tem havido uma preocupação por parte da Embaixada de Angola e do Consulado-Geral para a resolução de casos relacionados com pedidos de documentos por angolanos residentes no Algarve, inscrições consulares e passaportes. Recebemos alguns pedidos aqui na Associação, que encaminhamos para Lisboa, disse Fernando Rocha ao Jornal de Angola.
A comunidade celebra todos os anos o aniversário da Independência de Angola com um alargado programa comemorativo, que inclui actividades culturais, recreativas e desportivas, que costumam contar com a presença do embaixador e de representantes do corpo consular. O programa é encerrado à boa maneira angolana com música e farra, que vai até de madrugada e tem cada vez maior participação da comunidade portuguesa.
Além das actividades lúdicas, recreativas e desportivas, a Associação tem uma componente de formação profissional apoiada pelo Fundo Social Europeu e pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Portugal. Foi iniciada em 2005 e ministra cursos de Informática, Contabilidade, Técnicas de Vendas e Higiene e Segurança no Trabalho, com bolsas de estudo para os alunos no valor do salário mínimo nacional português.
A sua equipa de futebol faz as alegrias dos associados: as inúmeras taças expostas nas instalações da APALGAR recordam vitórias em competições desportivas não só em Portugal, mas também em deslocações ao estrangeiro, especialmente Espanha, a convite de organizações congéneres e Consulados de Angola no exterior.
A APALGAR também organiza em Quarteira um grande festival anual de música africana que atrai milhares de pessoas, o FESTÁFRICA, como apoio da Câmara Municipal de Loulé e do Consulado-Geral e da Embaixada de Angola em Portugal.

(Jornal de Angola)


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publicado por zé kahango às 22:57
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picada...

DSC_0598 por Bongoangola.

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publicado por zé kahango às 21:03
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o problema do abastecimento de água

“Água para Todos” beneficia periferias

 

Estanislau Costa| Lubango

Nas torneiras dos chafarizes dos bairros Nambambe e Mitcha, arredores da cidade do Lubango, a água potável começou a jorrar há sensivelmente três meses. Resultado: muitas famílias deixaram de percorrer longas distâncias para acarretar água.
Os hábitos e costumes dos adultos, idosos e crianças mudaram com a instalação de vários sistemas de captação e distribuição de água apropriada para o consumo. Cumpre-se com rigor o que tem a ver com a higiene caseira, corporal e vestuário.
A nova atitude das pessoas se reflecte no controlo de doenças, sobretudo da cólera, que vitimou, nos últimos três meses, dezenas de crianças e adultos. Por isso, o ancião Artur Calenga não hesitou em dizer que a cólera desapareceu.
No dizer do velho Calenga, as pessoas deixaram de utilizar locais duvidosos para aproveitar água para beber. Com satisfação, disse que os chafarizes são agora referência, sobretudo das mulheres e crianças.
Artur Calenga enalteceu o programa “Água para todos até 2012”, levado a cabo pelo Governo, que atingiu a zona B do bairro Nambambe. “Já não percorremos longas distâncias à procura de água, não há contágio de doenças e nem pagamos o consumo”, sublinhou.
O “Jornal de Angola” percorreu algumas áreas da Mitcha, Nambambe, Lalula e Thioco, para constatar o impacto do novo programa na vida da população. As melhorias são visíveis: o abastecimento de água potável está cada vez mais facilitado.
Por exemplo, nos referidos bairros, os populares consomem o produto sem a necessidade de alguma comparticipação. O activista da associação Ombro Amigo, Arlindo João, explicou que, nos bairros tidos como focos da cólera, as pessoas não pagam pelo consumo.
Avançou que o governo da província adoptou esta medida para tornar acessível a água potável no seio das famílias, não só na periferia do Lubango, como também nalgumas comunas da província da Huíla.
No dizer do activista, a medida teve bons resultados por abranger inclusive as pessoas que buscavam água em locais duvidosos, devido a incapacidade de suportarem os custos de consumo. “Acertou-se no abastecimento do produto e evitou--se o contágio de doenças”.

Projecto atinge 96 mil pessoas

Mais de noventa e seis mil pessoas, residentes em 30 comunas dos municípios da província da Huíla, beneficiam dos resultados do programa “Água para todos até 2012”. A meta consiste em contemplar, até final do ano, um milhão de pessoas.
O director provincial de Energia e Águas, Abel João da Costa, que considera encontrar-se em fase avançada a materialização do programa, enfatiza faltarem apenas oito comunas.
O programa “Água para todos até 2012”, concebido pela Presidência da República, veio enriquecer o empenho do executivo da província da Huíla no que tange ao aumento da oferta da água em todas as sedes comunais e municipais.
No entender de Abel João da Costa, o sucesso do projecto tem também a ver com o fornecimento de 24 camiões cisternas, ofertados pelo mesmo órgão. Estes meios foram distribuídos nos municípios do Lubango, Matala, Cuvango e Quilengues.
Debruçando-se sobre os investimentos efectuados para a execução do projecto, o director de Energia e Águas argumentou que foram disponibilizados treze milhões de dólares. Os fundos estão a ser empregues na abertura de vários furos, montagem de sistemas de captação e distribuição.
O ritmo aceitável de trabalho dos técnicos já permitiu a abertura de 53 furos, onde as prioridades recaíram para os municípios do Lubango, Gambos e Quipungo.
“A instalação de chafarizes nos bairros da cidade do Lubango deve-se ao combate da propagação da cólera”, disse.
A razão dos Gambos, avançou, visou a protecção das famílias dos criadores e o efectivo animal, que nas épocas do cacimbo percorrem longas distâncias à procura de água e pasto. “Conseguimos evitar que a transumância atingisse muitos quilómetros”, afirmou.
O soba da povoação da Taka, município dos Gambos, 150 quilómetros a Sul da cidade do Lubango, afirmou que este foi um dos cacimbos em que o gado dos criadores tradicionais não morreu por falta de água ou pasto.
A instalação de novos sistemas de captação e distribuição de água fez com que aumentassem os bebedouros para os animais, evitando a fadiga do gado bovino, principalmente devido as longas caminhadas.
“Os pastores deixaram de procurar água em quantidade e qualidade para dar aos animais”, disse o soba Tyenge, para avançar que se nota no seio da população alguma tranquilidade e satisfação por terem a água próximo.
O “Jornal de Angola” apurou que a montagem dos sistemas de abastecimento do produto nas comunas da Quihita (Chibia), Ngola, Kalepi e Kusse (Caconda), Dindi (Quilengues) estão em fase de conclusão.

 

in Jornal de Angola



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sorriso...

Smile por blablaurgh.

foto de blablaurghhttp://www.flickr.com/photos/42042512@N00/2090932711/ )


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publicado por zé kahango às 19:47
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emigração médica...

Médicos cubanos vão reforçar assistência

 

Vinte e seis médicos de nacionalidade cubana, dos 50 previstos para o Lubango, província da Huíla, iniciam, a partir do próximo mês de Setembro, a trabalhar nas unidades hospitalares daquela cidade, segundo o director provincial de Saúde, Óscar Isalino.
Os médicos especialistas em ortopedia, ginecologia, psiquiatria, nutrição e clínica geral serão integrados no Hospital Central do Lubango "Agostinho Neto", que receberá 12, enquanto os restantes na pediatria "Pioneiro Zeca" e na maternidade central "Irene Neto".
Ainda em Setembro, adiantou, chegam à Huíla outros 30 médicos para os municípios do interior da província, perfazendo um total de 80 médicos cubanos, no âmbito da cooperação entre Angola e aquele país do continente americano.
Óscar Isalino afirmou que o governo local já criou condições para albergar os médicos, estando já erguidas as residências no condomínio residencial da Mitcha, bem como reabilitou e apetrechou as unidades hospitalares com meios sofisticados.
Com a chegada dos 80 médicos cubanos, a Huíla passará a contar com 133 profissionais e especialistas de Saúde, 30 dos quais angolanos e outros tantos de nacionalidade russa e vietnamita.

 

in JORNAL DE ANGOLA



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será venenosa?

Mopani Worm por Hennie Rautenbach (kry min tyd vir fotos...).

 

(larva em folha de mutiati) http://www.flickr.com/photos/hennie_rautenbach/254990666/


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publicado por zé kahango às 19:34
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Ruy Duarte Carvalho

Naquele ano a chuva foi excessiva e cresceram tortulhos
no olhos dos cães. Os vitelos, ao espreitar a luz pelos
sexos das mães, afogavam-se em lama, no meio dos
sambos. As paredes das casas diluíam-se em nata e os
oleiros desistiram de encomendar a sua obra a Deus.
Enormes cuidados foram inventados para proteger o fogo
nos altares e as crianças adotaram a nudez.

As termiteiras deixaram de existir e as formigas aladas
perderam as asas. Os pés dos mais velhos fenderam-se em
chagas e as mamas das virgens, mal eram tocadas,
colavam-se aos dedos como cinza úmida. Os lábios dos
sexos das mulheres paridas inchavam carnudos de uma
carne branca e os ventres pendiam como fruta mole.
Naquele ano a chuva foi excessiva
e os horizontes deixaram de existir.

Choveu por muito tempo até os cães perderam todo o pêlo
e as cabeleiras se destacarem como algas podres. O rei do
Jau ficou colado ao trono e ao boi sagrado cresceram-lhe
os olhos, que depois cegaram. As sementes grelaram nos
celeiros e essa semente assim era servida aos homens e
daí lhes ocorreu um tal vigor que os seus pênis cresceram
desmedidos e os homens vacilaram, tendo-os nas mãos e
mudos de fascínio.

A chuva choveu tanto que as serpentes saíram dos
buracos e vieram alongar-se ao pé dos paus, mantendo
com esforço as cabeças erguidas. Nas terrinas do leite
vicejaram musgos e o leite das vacas alterou-se em soro, a
coalhar na urina. Naquele ano a chuva choveu tanto que
até nos areais cresceram talos e as enxurradas
produziram peixe e até o ferro se lavou sozinho e os
diamantes vieram rebolar nas pedras concavadas de moer
farinha. As próprias aves morreram quase todas e apenas
se salvaram as de penas brancas, que a distância atraiu,
depois comeu.

E aquela chuva aproveitou aos fósseis e houve minerais
que se animaram e até pedras comuns a transmudar-se em carne.

Naquele ano a chuva choveu tanto que a memória perdeu
todo o sentido. As gargantas entupiram-se de limos
e as testas que os velhos pousavam nas mãos fundiam-se aos dedos
e os braços às pernas e os gestos de graça fundiam os
corpos e as jovens crianças ficavam coladas ao peito das mães.
Só as bocas teimavam em manter-se abertas e quando
mais tarde a chuva parou, das bocas saíram grossas
aves negras que abalaram logo daquelas paragens. E a
seca voltou e o mundo secou. A carne antiga a dar-se
agora em terra, os fósseis em pedra e as ramas em húmus.
E os passos poliram pouco a pouco as formas.

Naquele ano a chuva choveu tanto
que a memória nunca mais teve sentido.


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publicado por zé kahango às 19:15
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os tais dos macópios (Hyrax)!...

 

 

 


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publicado por zé kahango às 16:36
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a rodar...

Estradas da Huíla melhoram trânsito

Estanislau Costa| Lubango

Ao volante de um camião Volvo de alta portagem com 120 toneladas de massango e massambala, João Santos é a prova do domínio do homem sobre a máquina: tem apenas um metro e 50 de altura e pesa 60 quilos.
Com meio século de vida “João das Curvas”, como é apelidado por outros camionistas, já se esqueceu de quantos “pesados” conduziu desde os seus 20 anos de idade, quando se iniciou nessa actividade. Não memorizou o número de camiões que conduziu desde os 20 anos de idade, mas retém as comunas, municípios, províncias e a qualidade das estradas que teve de trilhar.
Durante uma pausa no paralelo da Chibia, 47 Km a sul da cidade do Lubango, quando fazia o percurso até Santa-Clara (posto fronteiriço entre Angola e Namíbia), João das Curvas considerou haver três importantes fases do estado das estradas do país, nomeadamente a fase das vias de circulação em bom estado herdadas do colono, seguindo-se a fase das estradas degradas e destruídas em consequência da guerra e, por último, a fase dos troços rodoviários construídos e reabilitados.
“Quem anda por esta Angola por terra sabe perfeitamente que a história das vias se descreve assim”, disse para avançar que nesta fase de construção e reconstrução existe algo de especial: há estradas que se tornaram mais largas e melhor sinalizadas.
No dizer do camionista, o troço Lubango-Ondjiva, passando por vários municípios, entre eles, Chibia e Gambos (província da Huíla) e Cahama, Xangongo (Cunene) com um percurso de cerca de 400 Km, é um deles.
”João das Curvas” sublinha que o troço em referência aumentou de seis para onze metros de largura com as obras levadas a cabo pela construtora brasileira Andrade Gutierrez. “O novo estado da via oferece melhor segurança e comodidade aos automobilistas”, disse.
Argumentou que, embora os engenheiros procedam ainda aos acabamentos do troço Lubango-Chibia, com 50 Km, a circulação já está facilitada e eficiente. “Se antes fazíamos uma hora para atingir a vila da Chibia, hoje faz-se em apenas 25 minutos”.
“As lombas que causaram muitos acidentes e enlutaram famílias residentes no Lubango, Chibia e não só, desapareceram. Algumas pontes envelhecidas pelo tempo são agora novas e mais largas”, sublinhou.
Os taxistas Fernando António e Marcos Nascimento corroboraram esta opinião. Há dez anos que eles transportam, nos seus Toyotas Hiaces, centenas de passageiros do Lubango para a Chibia e vice-versa.
Os dois jovens foram mais além nas suas opiniões: “vamos facturar mais e poupar o dinheiro outrora destinado à reparação das viaturas devido aos danos provocados pelo mau estado da estrada. Várias vezes partiam-se molas, os pneus estoiravam, quebravam-se os vidros e as coisas mudaram a partir deste mês de Agosto”, enfatizaram.

Obras estão no fim

A reabilitação da estrada nacional Lubango-Ondjiva, com uma extensão de 400 Km, foi consignada a dois empreiteiros, nomeadamente à construtora brasileira Andrade Gutierrez e a uma empresa chinesa, no quadro do programa de construção e reabilitação das principais vias.
A empresa Andrade Gutierrez responsabilizou-se pela reabilitação de 130 Km do troço Lubango-Chibia-Chibemba e as empresas chinesa, europeia e uma construtora nacional ocuparam-se do troço Ondjiva-Cahama.
Relativamente ao Lubango-Chibemba, as obras iniciaram-se em Dezembro do ano passado e os trabalhos circunscreveram-se à montagem de estaleiros, desmatação, reparação e ampliação das pontes, terraplanagem, melhorias do sistema de drenagem e sinalização, entre outros.
Os trabalhos de acabamento incidem na aplicação da sinalização vertical e horizontal de localidades, do aviso da existência de animais, da velocidade mínima e máxima, da protecção das pontes e de outros pontos considerados perigosos.
Orçada em 127 milhões de dólares, a reabilitação do troço constou das prioridades do Governo central para ligar a parte Sul do país ao Norte da vizinha República da Namíbia.
“A construção e reabilitação da via teve em conta o facto de transitarem camiões de grande porte com mercadorias diversas importadas ou exportadas para os dois países”, afirmou Bernardo, um especialista em construção de estradas.
O “Jornal de Angola” apurou que está também em fase de conclusão a reabilitação dos troços Benguela-desvio da Matala com 307 Km. Orçadas em 184 milhões de dólares, as obras processam-se em cinco etapas, entre elas, os troços Benguela-Catengue, Catengue-Rio Coporolo, Rio Coporolo-Quilengues, Quilengues-Cacula, Cacula-Desvio da Matala.
Para o efeito, cinco empresas nacionais e internacionais encarregam-se dos trabalhos. A via Cacula -Desvio da Matala, passando pela comuna do Hoque, com uma extensão de 46 quilómetros, a cargo da empresa brasileira Metroeuropa, também se encontra já asfaltada.

Diminuído tempo de viagem entre Lubango e Namibe

O transporte de pessoas e mercadorias na via rodoviária que interliga as cidades do Lubango, Matala e Namibe processa-se já com muita segurança, comodidade e celeridade devido à conclusão das obras das principais estradas da região Sul.
Por exemplo o troço Lubango-Namibe, com um percurso de 180 Km reabilitados há cinco anos, custou aos cofres do Estado mais de 20 milhões de dólares. A beneficiação da via encurtou o tempo do trajecto de cinco ou seis horas para duas, duas horas e meia.
A devolução da qualidade do troço repercutiu-se também no aumento de veículos que percorrem ininterruptamente as cidades do Lubango e Namibe e vice-versa. O acentuado movimento rodoviário, sobretudo de camiões, constitui um dos factores de desgaste e degradação paulatina do troço.
Neste extremo leste da província está mais veloz e atractiva a circulação na estrada Lubango-Km 42 pelo facto da construtora local Planasul ter concluído, há cerca de quatro meses, as principais acções da reabilitação do troço.
Na opinião do economista Fernando Pontes Pereira, o que acontece nas obras de muitas estradas do país, particularmente da província da Huíla, “não é verdadeiramente uma reabilitação mas sim a construção de novas vias tendo em conta a acentuada degradação a que muitas estavam votadas”.
“A maioria das empresas a quem foram adjudicadas as obras estão a encontrar, em certos casos, enormes árvores ao longo dos troços porque muitos deles deixaram de ser transitáveis há uma ou duas décadas”, disse.
Ao justificar-se sobre o novo perfil das vias rodoviárias, o economista sublinhou que os veículos que circulavam na era colonial tinham pouca tonelagem, eram mais estreitos e atingiam velocidades menores.
Hoje, o quadro é diferente. A camionagem é mais pesada, os veículos são largos, há mais velocidade e, em consequência disso, certos troços de estrada estão a ser alterados, sendo mais largos, com mais camada de asfalto de modo a terem o perfil que se enquadre na contemporaneidade.

 

(de Jornal de Angola)



publicado por zé kahango às 16:35
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o jimbo, ou urso-formigueiro africano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

in http://memoriasdevicabral.blogspot.com/


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publicado por zé kahango às 16:31
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mais Saúde

Malária recua em Angola


Rosária Fortunato

O número de mortes por malária em Angola baixou de 25 mil, em 2003, para sete mil, em 2007, devido à expansão da cobertura sanitária, possibilitada com a chegada da paz, em 2002.
O director-adjunto do Programa Nacional de Combate à Malária (PNCM), Nilton Saraiva, disse que logo após ao fim da guerra, em 2002, foram notificados três milhões de casos e uma média de 25 mil óbitos, quando em 2007 registou-se um milhão 800 mil casos e cerca de sete mil mortes.
Acrescentou que estes números correspondem a uma redução acima dos 50 por cento em relação ao número de casos de óbitos em quatro anos de paz, ultrapassando assim as metas de Abuja (Nigéria) que era reduzir a 40 por cento a morbi-mortalidade por malária em cinco anos.
Com o advento da paz, a cobertura sanitária aumentou devido à reabilitação das infra-estruturas destruídas ou inoperantes, facilitando as populações a terem acesso aos medicamentos e aos meios médicos e aos cuidados primários de saúde.
Em 2000, Angola aderiu ao movimento Roll Back Malária, subscrevendo a declaração de Abuja, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na Cimeira dos Chefes de Estados da União Africana. Nesse compromisso cada país comprometeu-se em apoiar os programas da malária dos seus respectivos países, para que esta doença deixe de ser um problema de saúde pública até 2030.
Para tal foram traçadas várias estratégias, como o reforço do diagnóstico e tratamento, a expansão das medidas preventivas, (por exemplo com a distribuição maciça de redes mosquiteiras).
A mobilização comunitária, a comunicação, informação e educação das comunidades para a prevenção e controlo da doença, em que se define uma política nacional, a detecção e prevenção e controlo de epidemias nas áreas de risco epidémico e de baixa transmissão, constituíram outras das acções levadas a cabo com êxito.
Huíla, Namibe, Cunene e Kuando Kubango foram áreas onde se implementou o programa para controlar esta epidemia através da educação a nível familiar e comunitário.
Foi igualmente em 2002, que o PNCM começou a negociar a troca da política terapêutica antipalúdica nacional, através de acções técnico-científicas feitas, evoluindo em 2004 para as combinações com base na Artimisinina.

 

Jornal de Angola



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continua a pequena fauna...

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publicado por zé kahango às 16:29
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mais barragens

Albufeira da barragem das Ganjelas, em Huíla, começa a encher em Outubro   [ 2008-08-27 ]

Chibia, Angola, 27 Ago - As obras de reconstrução da barragem das Ganjelas, no município da Chibia, Huíla, estão quase concluídas, prevendo-se para dentro de um mês o encerramento das comportas que vão possibilitar o enchimento da albufeira, informou a agencia noticiosa angolana Angop.

Avaliadas em 28 milhões de dólares com crédito da China, estas obras, que tiveram início em Novembro de 2005, deverão ficar concluídas em meados de Setembro próximo.

De acordo com o director provincial da Agricultura, Lutero Campos, neste momento decorrem trabalhos de acabamento, como a montagem das comportas reguladoras do caudal, a construção de um estaleiro e o sistema de irrigação.

Referiu que estão igualmente em curso, no empreendimento construído especialmente para fins agrícolas, o processo de limpeza dos campos aráveis, bem como a instalação do seus sistemas de regadio por aspersão, nos 360 hectares da sua área piloto.

Actualmente, salientou, estão completamente reabilitados e ampliados os dois canais que possuem uma extensão de 32 quilómetros, construída a estacão de bombagem e um tanque de adução, dique de derivação, passadeira, bem como as bacias de decipação e distribuição, enquanto se estuda a possibilidade de construção de uma mini-hidrica para fornecer energia eléctrica ao projecto.

Com uma capacidade de irrigação, numa primeira fase, de 2271 hectares e uma albufeira para conter três milhões de metros cúbicos de água, o seu perímetro irrigado vai permitir produzir 48150 toneladas de produtos agrícolas diversos. (macauhub)



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Dondo

DSC_0037 por Bongoangola.

foto de Bongoangola in http://www.flickr.com/photos/carlitas/1455741046/


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publicado por zé kahango às 15:16
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para a história da imprensa angolana

Jornalista em Angola a partir dos anos 50


LEONOR FIGUEIREDO
Ruy Correia de Freitas. Jornalista, foi o último director de 'a província de Angola' e o primeiro do 'Jornal de Angola'. Explica como o jornal já usava computadores nos anos 60 e a distribuição chegava a todo o extenso território

Recordações da imprensa na 2.ª metade do séc. XX

O primeiro grande desafio na carreira do jornalista Ruy Correia de Freitas aconteceu, acidentalmente, em África, nos anos 50. Hoje, com 86 anos, recorda ao DN episódios que retratam facetas da imprensa daquela época em Angola. Quando assume a liderança de a província de Angola, em 1949, diário de que foi o último director, não adivinharia que viria a ser, também, o primeiro director do Jornal de Angola, que ainda se publica.

A família do pai afectivo, António Correia de Freitas, detinha, através da Empresa Gráfica de Angola, metade do capital do jornal, fundado em 1923. Mas os seus protestos perante a política ultramarina empurraram o jornalista, mais cedo do que pensava, para a direcção do diário, que vendia 12 mil exemplares, rivalizando então com o Diário de Luanda.

"Sem líder no jornal, a empresa ofereceu-me um curso em Inglaterra para poder tomar conta daquilo. Estive dois anos e meio a estudar em Londres, no Tecnical College of Grafic Arts and Journalism. Os cursos englobavam desde equipamento, produtos químicos, maquetagem, jornalismo. Tornei-me bom aluno, recebi distinções. Quando completei o curso, aos 24 anos, voltei a Luanda onde comecei a orientar as coisas."

Ruy Correia de Freitas vinha com uma perspectiva europeia da imprensa. E trabalhou nesse sentido. "Em finais dos anos 60 a província de Angola era feita numa web-offset, imprimia 2500 jornais de cada vez, aquilo funcionava com computador. Nesse sentido éramos mais modernos do que em Portugal. Havia umas Remington enormes, máquinas de escrever computadorizadas onde fazíamos a escrita administrativa. Mais tarde o jornal passou a ser feito fotograficamente. Para rentabilizar a publicidade, inventei os anúncios de três linhas que davam uma margem muito grande. Fiz a montagem e a paginação das 20 páginas, com os conhecimentos do curso em Londres."

Um dos objectivos era estender a influência do diário no território. Conseguiu-o em três anos, beneficiando do facto de ser director do Aero Clube de Angola e piloto voluntário. "Abri delegações em Benguela, Moçâmedes, Nova Lisboa, Huambo, e por aí fora, 15 no total. Comprá- vamos vivendas onde viviam os jornalistas. Mandavam diariamente notícias por telefone. Na redacção de Luanda havia uns sete jornalistas, dos quais três mulheres [uma era a nossa ex-colega de redacção a jor- nalista Maria Augusta Silva]".

Apesar da enorme extensão da que é hoje a República Popular de Angola, Ruy Correia de Freitas garante que a distribuição do jornal não colocava problemas. "Todos os dias, a Direcção dos Transportes Aéreos (DTA) levava os jornais. Estavam no seu sítio de manhã cedo."

Em Luanda, o director instituiu os ardinas no início dos anos 70. "Havia uns rapazinhos a pedir esmola na rua. Escolhi 22 deles, arranjei-lhes uma casa com camas, comida e médico. Recebiam uma percentagem por cada jornal vendido". a província de Angola dava lucro. Segundo os últimos números que dispôs como director, antes do episódio da sua fuga, em 1975, o diário escoava 45 mil exemplares. O dia 30 de Junho de 1975 publica o último número de a província de Angola e em Julho inicia o Jornal de Angola de que foi o primeiro director.

(Diário de Notícias)


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na Kissama (também) há:

Just a spider in Kissama National Park, Angola por kodilu.

(kodilu)


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Editor e Redator:
José "Kahango" Frade
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