Tuberculose é um dos principais problemas de saúde pública
Adelina Inácio
O Ministro da Saúde José Van-Dúnem, afirmou ontem, em Luanda, que a tuberculose continua a ser um dos principais problemas de saúde pública e que apesar dos esforços, os números crescem como consequência, por um lado, da co-infecção dos vírus de imunodeficiência e, por outro lado, a falta de conhecimento faz com que haja uma maior notificação de casos no país.
Segundo José Van-Dúnem,que falava na abertura do simpósio da tuberculose em Angola, com o aumento da notificação às províncias de Luanda e Benguela, estas são responsáveis por mais de 50 por cento dos casos de tuberculose no país. “Quer dizer, se conseguirmos trabalhar bem nestas duas províncias vamos reduzir drasticamente o peso da doença no país e faremos com que a tuberculose tenha uma significância muito menor como problema de saúde pública”, alertou.
José Van-Dúnem garantiu que a melhoria de vida dos angolanos cresce a cada dia que passa e o esforço em que as estruturas sanitárias estão envolvidas permitem que as pessoas tenham o acesso as unidades sanitárias o mais precoce possível, e vão ajudar que especialistas de combate a doença tenham resultados a curto prazo.
“Se conseguirmos partilhar a informação sobre a tuberculose, melhorar a circulação entre os diversos níveis de resistência no tratamento a tuberculose, podemos considerar que, nos próximos 24 meses, vamos ter resultados significativos no combate a tuberculose” afirmou.
Já a directora do Programa Nacional de Combate a Tuberculose, Conceição Palma, ao intervir, no referido encontro, considerou a doença como um caso de emergência nacional, acrescentando que “ os números de novos casos de tuberculose continuam a crescer e que nos últimos três anos, os casos passaram de 38.317, em 2005, para 42.383, em 2007. A avaliação do primeiro semestre de 2008, de acordo com a coordenadora do programa, revela uma diferença de mais 4.759 casos, comparativamente ao primeiro semestre do ano passado. Como dados estatísticos nacionais, as províncias de Luanda e Benguela correspondem a 50 por cento.
Conceição Palma sublinhou ainda que, para melhor intervenção sobre os dados apresentados, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose elaborou um plano estratégico quinquenal, tomando como base a expansão e aprofundamento da estratégia de tratamento de curta duração e a introdução gradativa da estratégia “stop tuberculose”. Estabelecendo as metas a serem alcançadas.
No encontro em que participam especialistas nacionais e estrangeiros, directores de hospitais público e privados, estão a ser debatidos tema como, “Tuberculose, uma epidemia global”, “ Tuberculose em Angola, estratégias DOTS” e “Stop tuberculose” bem como as “Formas clínicas da tuberculose na criança e no acto”, entre outras.
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